domingo, 29 de janeiro de 2012

O regresso do filho pródigo

S. Petersburg, Hermitage
Rembrandt, o regresso do filho pródigo, c.1669

Lucas tem servido de desculpa para muitos actos. Mas tem também muitas leituras. Quem ganhou, quem perdeu? Não conheço a sensação, nem de um lado nem do outro. Julgo que nunca se volta igual!


Wein, Kunsthistorisches Museum, Gemäldegalerie
Guercino, o regresso do filho pródigo, 1619

2 comentários:

  1. Telas fabulosas!

    E é verdade, embora sem experiência julgo que nunca se volta igual.

    ResponderEliminar
  2. Rostos que nos fitam
    Num quadro
    De mãos acolhedoras,
    De olhos zangados,
    De reconciliações temidas.

    Soube o que era voltar
    À casa paterna
    Mas os medos dominaram
    A voz
    A minha voz
    E não subiu o pecado ao som
    Triste da voz
    Vi a acusação e os olhos acolhedores
    As mãos que repeliam e o amor que guardavam
    Voz sem som
    Sem saber que colher daquelas mãos
    Daquele olhar de pai
    De mãe
    De família que se ama
    Apenas lágrimas de imagens
    Mudas
    Quentes
    Ternas
    Duras.

    Era noite. E lá fora o frio era intenso.

    Lisboa 29-01-2012

    ResponderEliminar