Muito bom, o artigo de Teresa de Sousa no Público de hoje (suplemento ípsilon) sobre o filme "A Dama de Ferro". "Este não é um filme sobre o thatcherismo... é antes uma magnífica história da solidão do poder supremo e do preço muito elevado que é preciso pagar por ele. A decadência inexorável de quem teve o mundo a seus pés. A fragilidade de quem sempre foi forte. A pura e simples condição humana" são as linhas mestras desta história, já que os "acontecimentos políticos apenas servem de suporte". Porque a Dama já não é de Ferro, vivendo cada vez mais distante do mundo, este filme induz simpatia pela controversa figura para a qual muito contribui a excelente interpretação de Meryl Streep que "cria uma identificação de tal maneira forte com a personagem que quebra qualquer possibilidade de distanciamento". Também nas palavras de Jorge Mourinha (ainda no mesmo suplemento) o filme que estreia na próxima 5ª feira, dia 9, não só humaniza Thatcher como é capaz de ser a "coroa de glória" de Streep, levando-nos a acreditar "que ela pode bem ser a maior actriz americana viva".
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