Inesperado, para mim, este realce dado a Antero de Quental pelo Google.
A João de Deus
Muito longe daqui, nem eu sei quando,
Nem onde era esse mundo, em que eu vivia...
Mas tão longe... que até dizer podia
Que enquanto lá andei, andei sonhando...
Porque era tudo ali aéreo e brando,
E lúcida a existência amanhecia...
E eu... leve como a luz... até que um dia
Um vento me tomou, e vim rolando...
Caí e achei-me, de repente, envolto
Em luta bestial, na arena fera,
Onde um bruto furor bramia solto.
Senti um monstro em mim nascer nessa hora,
E achei-me de improviso feito fera...
É assim que rujo entre leões agora!
Antero de Quental
Também me surpreendeu.
ResponderEliminarEra necessário rugir agora também.
Muito bonita esta escolha.
Boa tarde, MR!
Embora Antero não seja da minha "família"...saúdo a iniciativa.
ResponderEliminarTudo o que seja a favor da cultura portuguesa, apoio sempre!
Mas é da minha "família" e até acho que foi meu "tio". :)
ResponderEliminarAprecio-o mais em muitos outros domínios para além da poesia.
Assim de repente é da minha família e da política também. :)
ResponderEliminarGosto muito de Antero e dos seus textos político-filosóficos, como a "Causa da decadência dos povos peninsulares". Está ali tudo sobre nós.
Acho que ainda vou passar hoje no Príncipe Real e pôr uma flor no monumento do Lagoa Henriques.
ResponderEliminarIsso é que é devoção, Miss Tolstoi. :)
ResponderEliminarE quanto à Causa [...] estamos de acordo.