Günter Grass que recebeu o prémio Nobel da Literatura em 1999 lançou uma forte polémica na Alemanha, na sequência da publicação de um poema em vários jornais alemães, intitulado "Was gesagt werden muss" (trad. "o que tem de ser dito"). Grass ataca Israel de forma dura, ao criticar o governo de Jerusalém pela posição contra o programa nuclear do Irão e apontar o Estado Judaico como ameaça à paz no mundo. O autor destaca também as relações comerciais entre Israel e a Alemanha que tenham por objecto o fornecimento de material bélico, neste caso, o envio de um submarino que dispare mísseis em direcção a um país “onde a existência de uma única bomba atómica não está comprovada”. Grass enfatiza os horrores nazis do seu país natal, crimes “sem qualquer comparação”, que, no entanto, não justificam, no entender do escritor, o silêncio face ao que se verifica no Médio Oriente. A publicação que fala da “hipocrisia do Ocidente” e da “potência nuclear Israel” gerou uma onda de protesto junto da comunidade judaica alemã. Em Israel, o poema parece ter pouca receptividade nos media. Segundo o historiador Segev, a posição anti-israelita de Grass já não surpreende...
Ele é realmente incomodativo.
ResponderEliminarGostei do que li dele mas não podemos deixar de criticar as suas atitudes políticas.
Boa noite, Filipe!
Acho que as pessoas têm sempre medo de criticar Israel, principalmente um alemão.
ResponderEliminarNós também temos os nossos fantasmas. E como país falamos pouco deles, à boa maneira portuguesa.
Tenho mais medo do regime iraniano do q de Israel...
ResponderEliminarTambém teria mais medo do Irão. Em todo o caso, qualquer afirmação contra o Estado de Israel, sobretudo proveniente de um alemão, é sensível, conforme MR referiu. Mas deverão existir "tabus"?
ResponderEliminarÀs vezes penso que Israel não aprendeu muito com a história.
ResponderEliminar