quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Ir a nove"

De quando era miúdo, mesmo muito miúdo, só me recordo de uma ou outra história.
Uma delas era a do "putapé até nove" queria eu dizer, levas um pontapé que até vais a nove. Tinha dois anos e pouco.
E um dia, no elevador da Glória, mostraram-me ao "vivo e a cores" o que era ir a nove... foi a primeira vez; mais tarde voltaram a recordar-mo numa viagem de eléctrico até Belém. É que no Aterro (ninguém dizia Av. 24 de Julho) o eléctrico "voava" com a sua velocidade no máximo. E, então, mostraram-me o guarda-freios a rodar, ora para a esquerda, ora para a direita, uma alavanca,    com uma roda dentada, que fazia (ti-ti-ti-ti....) saltando de número em número até chegar ao máximo, o ponto 9 da escala... e aí ninguém conseguia agarrar o eléctrico.


Desenho "roubado" aqui . É a alavanca que está sobre o combinador (a peça mais à esquerda). Não é a roda...

Homenagem a A. H. de Oliveira Marques (1933-2007) que hoje faria 79 anos e que com amor e carinho me ensinou muito do que eu sei.

3 comentários:

  1. Desconhecia esta particularidade velocística. A data recordo-a com saudade.

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  2. Eu já conhecia o significado de «ir a nove» porque o nosso o nosso amigo prosimetronista já me tinha contado.

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