quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Ainda o que escreveu Filomena Mónica
O problema não passa por gostar ou não de futebol como escreveu o Jad em comentário ao 1º post , o cerne da questão é, como escreveu Maria Filomena Mónica, estádios de futebol onde ninguém joga - este é que o ponto: estádios que são verdadeiros elefantes brancos porque não têm uso, sangrando financeiramente as câmaras municipais que ficaram responsáveis pela sua manutenção. Foram construídos 10 estádios para o Euro 2004 quando 6 teriam chegado perfeitamente. Exemplo paradigmático é o do estádio de Leiria, estádio-fantasma que até já esteve à venda e ficou sem comprador...
Também não têm razão, no meu modesto entender, o Jad e a M.R. relativamente às infra-estruturas rodoviárias. É claro que todos queremos chegar depressa a todo o lado, mas a questão volta a ser de oferta e de procura tal como no caso dos estádios. E o que se verifica é que muitas auto-estradas ( tanto as que o Filipe citou, como as que servem por exemplo a Beira-Interior mas não só ) não têm procura suficiente para o que custaram e continuam a custar ao Estado. Obviamente, as populações locais e os visitantes não podem nem devem ficar isoladas, mas não passa necessariamente a solução por mais e mais auto-estradas.
Quanto ao aeroporto de Beja, ao contrário do que o Jad escreveu, os custos foram significativos e assinalei-os em tempo aqui no Prosimetron, é um verdadeiro novo aeroporto e não apenas uma base aérea adaptada. Mas o problema não é o custo em si, o problema é como escreveu Filomena Mónica não pousarem aviões. Um aeroporto sem procura é viável?
Relativamente ao TGV, a M.R. corrigiu o tiro do Jad falando no transporte de mercadorias, mas ainda assim falamos de responsabilidades financeiras incomportáveis. E nestes tempos de Ryanair e EasyJet, o TGV de passageiros e/ou mercadorias seria competitivo com o transporte aéreo low-cost?
Como chegámos até aqui? Continuo a achar que a responsabilidade maior é de quem fez os estudos de tráfego, as previsões de utilização, seja para as auto-estradas seja para o comboio na ponte 25 de Abril seja para muitos outros casos de acentuada desproporção entre a oferta e a procura. Foram esses estudos de tráfego que permitiram aos decisores políticos justificar as suas opções que todos agora pagamos.
Não quero pronunciar-me sobre os investimentos, até porque haverá sempre 2 lados, numa barricada.
ResponderEliminarMas, aquando da citação anterior de MFM, aqui no Prosimetron, (relembro) comentei:
"Esta senhora envelheceu tão mal!..."
Está na altura de eu precisar, com mais pormenor, a minha exclamação. Claro que me estava a lembrar de Brigitte Bardot e Lauren Bacall, como exemplos físicos extremos na forma como envelhecer. Mas, o que me parece muito mais importante, é lembrar que, a propósito da polémica Ramos/Loff, essa inefável senhora disse que o historiador portuense era "medíocre". Acrescentando que nunca lera, nem leria trabalhos dele. Por outro lado (mais grave) escandalizava-se por o jornal Público se ter permitido publicar a resposta de Loff a Ramos - numa perspectiva totalmente censória que denuncia um modo de pensar. Velho, antiquado, caprichoso e sem isenção.
Todas as nações que apostaram, nos anos vintes e trintas, nas auto-estradas (que para a época não eram precisas nem necessárias) são hoje os países mais prósperos.
ResponderEliminarTodos os países que apostaram nos anos oitenta noventa nos TGV são hoje dos que oferecem melhores meios de transporte.
A falta que faz, ao país, ter mais senhores FONTES e PACHECOS.
O Marquês foi atacado por fazer "avenidas" largas (hoje são ruas) para um país que não tinha carros. Hoje a baixa ainda respondia (está a deixar de responder, porque a actual vereação, reduz o número de faixas de rodagem). O Terreiro do Paço deixou de responder, desde que só tem uma faixa para cada lado. A Avenida vai deixar de responder.
A Baixa cada vez vai ficar mais fora do Centro porque cada vez é mais difícil chegar. Depois fecha-se...
Uma exposição do Luís que diz tudo
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