Café Santa Cruz, Coimbra
As leituras de férias estão a chegar ao fim.
Terminei-as com o segundo livro que li de João Gaspar Simões: Internato. É um livro inquietante que revela o ambiente num colégio, uma micro-sociedade onde o bem e o mal estão presentes e a construção da ética se consolida. Crescer durante o Estado Novo não era fácil, os ambientes de internato eram muito fechados, de cariz religioso e, em geral, para uma classe média/alta. Hoje, também não é fácil crescer mas os ambientes são mais suaves.
(...) a vida no colégio era agora menos dura para ele. Conceição não se cansava de lhe emprestar livros, e Ramiro a todos lia, surpreso e deslumbrado. Descobrira entretanto, numa história da literatura que ele lhe emprestara, uma antologia de poetas portugueses. E isso fora outro deslumbramento.
João Gaspar Simões, Internato. Porto: Editorial Ibérica, 1946, p. 331. (1ª edição). capa de Júlio Pomar.
Ana, tantas vezes essa obra me passou pelas mãos e nunca a li.
ResponderEliminarAcho que vai ser agora. Despertou-me o interesse.
Obrigada!:))
Tudo tem um tempo...
Beijinhos.
Cláudia,
ResponderEliminarGostei bastante, embora por vezes seja angustiante, principalmente se nos metermos na pele do petiz. :)
Beijinhos.