Já não é a primeira vez que La Grande Sophie aqui aparece.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Música para o serão
Conheci-o há minutos através de um e-mail e fui ao Youtube ouvir mais. Porque gostei, quero partilhá-lo com todos os nossos amigos que nos lêem (e ouvem) no Prosimetron. É uma interpretação da dança de Zorba por David Garrett (nascido David Bongart), um violinista americano-alemão nascido em 1980, em Aachen. Tem uma vasta discografia que grava em exclusivo para a Deutsche Grammophon desde os 13 anos, quando decidiu passar a usar o apelido materno. Foi modelo enquanto estudava para aumentar os seus rendimentos e no mundo da moda chamam-lhe o David Beckam da música. Eu gostei.
El tango de la guardia vieja, o novo livro de Arturo Pérez-Reverte
Madrid: Alfaguara, 2011
€21,00
«En noviembre de 1928, Armando de Troeye viajó a Buenos Aires para componer un tango. Podía permitírselo. A los cuarenta y tres años, el autor de Nocturnos y Pasodoble para Don Quijote se encontraba en la cima de su carrera, y todas las revistas ilustradas españolas publicaron su fotografía, acodado junto a su bella esposa en la borda del transatlántico Cap Polonio, de la Hamburg-Südamerikansche. La mejor imagen apareció en las páginas de Gran Mundo de Blanco y Negro: los De Troeye en la cubierta de primera clase, él con trinchera inglesa sobre los hombros, una mano en un bolsillo de la chaqueta y un cigarrillo en la otra, sonriendo a quienes los despedían desde tierra; y ella, Mecha Inzunza de Troeye, con abrigo de piel y elegante sombrero que enmarcaba sus ojos claros, que el entusiasmo del periodista que redactó el pie de foto calificaba como "deliciosamente profundos y dorados".»
Vi hoje o livro na livraria do Corte Inglés. Aguardo a tradução portuguesa.
Livros e a sua função
Julgo que este livro já aqui foi referenciado. Hoje, ofereceram-mo num passeio à FNAC. Não resisti em colocá-lo aqui. Reparem no custo do livro.
O senhor que estava na caixa, observou o livro e disse:
- Isto nem paga o papel!
Cultivar e chegar a um maior número de pessoas, não será essa a função de um livro?
O senhor que estava na caixa, observou o livro e disse:
- Isto nem paga o papel!
Cultivar e chegar a um maior número de pessoas, não será essa a função de um livro?
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«Ilíada
Proposição e invocação
Canta-me, ó deusa, a cólera funesta de Aquiles,
filho de Peleu, que causou aos Aqueus sofrimentos sem conta
e precipitou no Hades muitas almas ilustres
de heróis, fazendo deles mesmos a presa dos cães
e de todas as aves - cumpriam-se os desígnios de Zeus -
desde o momento em que se separaram, discordando um do outro,
o Atrida, senhor dos homens, e o divino Aquiles.
(I,q-7)»
hélade, Antologia da Cultura Grega, Organização e tradução Maria Helena da Rocha Pereira. Porto: Asa, 2005, 9ª edição.p. 17.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Vamos cantar as janeiras
Para complementar os posts de MR, Zeca Afonso a cantar o "Natal dos Simples".
Elegâncias - 89
Os sapatos dos pregos acho que já os coloquei no blogue. Agora o sapato branco sem salto...
Numa loja no Colombo.
Com um agradecimento ao Jad, pela fotografia.
Uma pintura de Agnolo Bronzino
Agnolo Bronzino, S.Mateus, Igreja de Santa Felicita, Florença
Procurava uma imagem de S.Mateus e encontrei esta pintura que me surpreendeu e maravilhou.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
«Tell me a tale»...
Sing me a song that I'll always be in,
Tell me a story that I can read,
Tell me a story that I believe.
Paint me a picture that I can see,
Give me a touch that I can feel,
Turn me around so I can be,
Everything I was meant to be.
[...]
Boa noite!
Lisboa continua a estar na moda
Alfama, Baixa, Chiado, Belém e o museu de Paula Rego (Cascais),
são as cinco atracções turísticas de Lisboa que a agência internacional
Associated Press apresenta no seu guia semanal de destinos grátis publicado
esta quinta-feira.
Não tendo a variedade de Paris ou Londres, a “cidade portuária
mais a sudeste da Europa” atrai cada vez mais visitantes pelo seu “charme
particular” , “estilo de vida pacífico”, ou “pouco crime e muita história”.
Os principais monumentos das zonas mencionadas, o ambiente típico
de Alfama e o “raro padrão geométrico” da reconstrução da baixa lisboeta
mereceram especial destaque, sem esquecer a “famosa hospitalidade portuguesa”,
o “excepcional peixe e marisco nos restaurantes” e os “famosos e irresistíveis pastéis
de Belém”.
Por tudo isto, merece ser tema da nossa próxima vinheta.
Financiar, financiar...
No sul da China, as escolas com dificuldades económicas obrigam os
alunos a comprarem mesas e cadeiras para as salas de aula. O recurso a este
tipo de “financiamento próprio” não é contestado pelos pais, mesmo que isso lhes
custe dois dias de trabalho (ou muitos mais, já que cerca de 150 milhões de
chineses vivem com menos de um euro por dia). Uma mesa e uma cadeira custam 100
yuans (12 euros).
E se por cá a moda pega? Na saúde, o secretário de Estado da
tutela já considera que os portugueses têm a obrigação de contribuir para a
sustentabilidade do SNS, prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços. Queixa-se
o ministério da Saúde de que o Estado gasta anualmente 500 milhões de euros no
tratamento dos fumadores quando a venda de tabaco lhe rende três vezes mais!
Já estou como o Miguel Sousa Tavares, que no seu comentário de
ontem aconselhou os governantes a deixarem-se de perseguições e a cumprirem o seu papel; governar, e bem, seguindo o exemplo de grandes estadistas como Churchill
ou JFK, aliás, fumadores inveterados.
Benefícios do café
Especialmente para o Luís, na sequência de uma conversa que
tivémos recentemente com um amigo comum, que desaconselha totalmente a ingestão desta bebida.
Este é um excerto de um artigo sobre as mais recentes descobertas
das ciências da nutrição, publicado na edição de hoje, da Sábado.
“O café acelera o metabolismo do corpo e promove a queima de
calorias... A explicação está na cafeína, que activa os mecanismos celulares
responsáveis pela diminuição das reservas de gordura. Também estimula o corpo a
permanecer em alerta, favorecendo o controlo do cansaço e uma maior
disponibilidade para actividades físicas mais intensas e, como resultado, maior
gasto de energia. Este é um dos segredos de muitas das dietas mais recentes, em
que se aconselha a ingestão desta bebida para complementar as refeições. É um
dos processos usados por treinadores e preparadores físicos de todo o mundo,
chegando mesmo a recomendar-se o uso de suplementos de cafeína aos atletas de
alta competição para aumentar o rendimento desportivo. Essa é uma das razões
porque muitas modalidades impuseram um tecto para o nível de cafeína na
corrente sanguínea presente no sangue. Mas convém não exagerar. Mais de duas chávenas
diárias podem ter um feito contraproducente e até contribuir para a obesidade. Isto porque o o excesso de
cafeína promove o aumento de cortisona e outras hormonas associadas ao stress
que estão relacionadas com o aumento da gordura abdominal.
O café pode ainda dar um contributo para a dieta, segundo os mais
recentes dados científicos. Os grãos verdes desta planta são ricos em ácido
clorogénico, uma substância natural que ajuda a emagrecer (ao contrário do café
verde, no vulgar café torrado não há o desejado ácido clorogénico, que se
degrada a altas temperaturas)....”.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Imigrantes ilegais na Europa
Este filme escrito e realizado por Costa-Gavras, em 2009, chegou às nossas salas. Às nossas salas, não; a uma única sala de cinema e em Cascais.
Um quadro por dia
Foi a última grande venda do ano de 2012 este desenho de Rafael, Cabeça de um jovem apóstolo, uma pequena ( 37,5x27,8cm ) grande obra que pertenceu durante os 3 últimos séculos aos duques de Devonshire, senhores de uma das mais belas colecções de desenhos antigos, e que para conservarem o seu belo castelo de Chatsworth agora a venderam.
Trata-se de um dos estudos preparatórios para a última obra-prima do mestre italiano, A Transfiguração, e corresponde ao apóstolo que se encontra mais à direita na tela, actualmente conservada na basílica de São Pedro em Roma.
Estava com uma base de licitação entre 12,4 e 18 milhões de euros, e acabou vendido por 36,6 milhões na Sotheby's de Londres no passado dia 5 de Dezembro.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Parece que hoje o Aníbal falou
Embora com um discurso dito Salomónico o Presidente falou ao País.
Será que vai haver consequências??
A meio do Discurso mudou também o cenário.
O Gaspar não chegou mesmo a Belém.
Mas quem falou mais foi o Aníbal pensionista, não foi o Aníbal presidente.
Haverá mudança de primeiro ministro até março?
No início do ano
ouvi Bridge Over Troubled Water cantada por Elvis. Um belo começo de ano.
Que as pontes sejam firmes em 2013.
Que as pontes sejam firmes em 2013.
Marques Júnior (1946-2012)
Marques Júnior, um político diferente
Conheci Marques Júnior quando este era do Conselho da Revolução. O nome engana, ele já não queria fazer qualquer revolução - já tinha participado no 25 de Abril e no 25 de Novembro - e pelo contrário era dos que aspirava à normalização do país, ou seja, a um país com as suas estruturas políticas civis a funcionar plenamente.
Era o mais novo daquele órgão, como tinha sido o oficial mais novo a participar no 25 de Abril.
Na altura, era considerado também um militar afastado da política, da qual desconfiava. Mas as voltas da vida - e, há que dizê-lo, o relativo desprezo com que o país tratou os homens que tinham feito a revolução de Abril e a de Novembro - levou-o a aproximar-se de Eanes e do partido que este lançou, o efémero PRD. Tomou o gosto a ser deputado e prolongou a sua estada no Parlamento, eleito pelo PS, o que aconteceu sempre salvo nas últimas eleições.
Como deputado, Marques Júnior marcava uma diferença grande em relação à média dos parlamentares. Cumpria a palavra, ia aos locais por onde era eleito (Porto e Viana) e demorava-se a falar com os eleitores. Nesse aspeto tinha o que se pode chamar uma organização militar.
A sua partida toca-me. Sinto que o país teve heróis quase anónimos (as primeiras notícias sobre a sua morte quase se esqueciam de dizer que ele tinha sido um dos homens de Abril). Salgueiro Maia, Melo Antunes, Vítor Alves e Marques Júnior estão entre eles. Como outros, felizmente ainda vivos, que transformaram radicalmente o país em 1974, derrubando um regime bafiento, anacrónico, totalitário e o veem já há anos comandado por pessoas que ninguém pode admirar.
A história é madrasta e as revoluções devoram os seus filhos. Por isso é dever de quem com eles privou de vez em quando lembrar aos mais novos que houve homens que arriscaram pela liberdade. Duas vezes - em Abril, contra o regime totalitário de direita; e em Novembro contra um totalitarismo de sinal contrário que também nos quiseram impor.
Henrique Monteirohttp://expresso.sapo.pt/marques-junior-um-politico-diferente=f776752#ixzz2GjJoHAdM
A primeira década do século XX na Cinemateca
D. Manuel II em Entrecampos
Amanhã, às 19h30, passam na Cinemateca Portuguesa pequenos filmes do princípio do século XX: «A Família Real» (1903) de Júlio Worm, «D. Manuel II nas festas do centenário da Guerra Peninsular (1909), «Vida íntima d'el-rei D. Manuel II» (1909), «Batalha de Flores no Campo Grande» (1907) de João Freire Correia, «Os funerais de D. Carlos e D. Luís Filipe» (1908), e dois filmes estrangeiros sobre o 5 de Outubro de 1910.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
5, 4, 3...
Constantin Alajalov - Giant clock on New Year's eve, 1 jan.1949
Donna Summer faria hoje 64 anos, mas faleceu no dia 17 de maio passado.
Bom Ano a todos!
Bom Ano a todos!
Feliz 2013 !
Um Feliz Ano Novo de 2013, que seja bem melhor do que o pintam, para todos os que escrevem e passam por estas páginas. Para o brinde virtual um belo espumante português, que me agrada particularmente pelo nome e pelo rótulo :). Tchim tchim!
Caixa do correio - 11
Este cartão de Boas Festas chegou hoje a acompanhar um presente. É produção própria, da amiga que mo enviou, e foi o mais belo que recebi este ano. Obrigada!
Um cd para acabar bem o ano ...
e começar o novo ainda melhor. É o segundo volume, 2011 viu o primeiro, de uma antologia fantástica.
Mudar de vida, de Paulo Rocha
«Eu tinha sido criado, desde miúdo, entre os barcos e as redes, durante dois ou três meses cada Verão. Para mim, aquilo era um mundo maior que o mundo das cidades, com aqueles homens ruivos, roucos, gigantescos, que pegavam naqueles rolos de madeira e naqueles remos pesadíssimos como se nada fosse... gritando juras, insultos, numa cantilena sem fim.
«A miséria era medonha, com as crianças raquíticas, comidas pelas moscas e pelas pulgas, os pais encharcados de aguardente, mas eu não a queria ver. Eles, os do mar, eram os gigantes, nós, a gente do interior, os anões. Como as Campanhas estavam a acabar no início dos anos 60, eu sentia que era preciso fazer qualquer coisa para os salvar; ou,pelo menos, erguer um monumento à sua glória.
«[...] Claro que, na atmosfera neorrealista da época, as pessoas viram o filme como um protesto contra a fome e o trabalho pesado. Mas o que eu tinha sobretudo era admiração por aqueles homens que, sem terem onde copiar, tinham inventado uma complexa forma de trabalho coletivo - reunindo centenas deles e sem grandes meios materiais -, capaz de de lutar contra a fúria do mar numa costa sem defesa.
«[..] O mar andava a destruir as casas [...] Como eu era da terra [praia do Furadouro], muita gente ajudou, e o filme pode ser feito com muito pouco dinheiro.
«[...] a câmara era uma velha Arriflex, velhíssima, toda desconjuntada, cujo motor mudava de velocidade a meio de cada plano, e que estava sempre a riscar o negativo.O susto era tal que eu olhava mais para o contador de imagens por segundo do que para os atores, durante as filmagens.»
Paulo Rocha, in João Semana, Ovar, 15 abr. 1991
domingo, 30 de dezembro de 2012
In memoriam Lisa della Casa / D. Fischer - Dieskau
Dois dos maiores nomes do canto lírico desapareceram em 2012 para sempre: Dietrich Fischer - Dieskau faleceu em Maio aos 87 anos, Lisa della Casa no passado dia 10 de Dezembro aos 93.
Flores à memória das suas vozes sublimes - assim segue um registo da ária "Und du wirst mein Gebieter sein" da ópera Arabella de Richard Strauss, captado em Munique em 1963, na companhia da Orquestra Estadual da Baviera sob a direcção de Joseph Keilberth.
Flores à memória das suas vozes sublimes - assim segue um registo da ária "Und du wirst mein Gebieter sein" da ópera Arabella de Richard Strauss, captado em Munique em 1963, na companhia da Orquestra Estadual da Baviera sob a direcção de Joseph Keilberth.