quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alma



 
Não sou, por princípio, amante das adaptações de obras clássicas e, em teatro, de enecenações que pretendem-  raramente o conseguindo - transpor para os nossos tempos o que foi escrito para outros e que ficam, geralmente, desenquadros de valores, falas, roupas da época.Há, como em tudo, excepções.
É o caso de Alma, a partir do Auto da Alma de Gil Vicente, em cena no Teatro Naciona D. Maria II até 3 de Março. Nuno Carinhas, director artístico do Teatro Nacional de S. João, fez, com Pedro Sobrado, a adaptação dramatúrgica, encenou e fez os figurinos.E o resultado é excelente, com a introdução, no auto vicentino, de poetas recentes:Teixeira de Pascoais, Vitorino Nemésio e Guerra Junqueiro.
O elenco é constituído por actores de grupos do norte de Portugal e do Sul, com uma boa participação.A cenografia, nua, de Pedro Tudela.
De referir que o Programa distribuído tem textos excelentes, de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, João Veloso, Anne Marie Quint, professora emérita da Université Sorbonne Nouvelle, José Augusto Cardoso Bernardes, professor da Universidade de Coimbra, de Alberto Pimenta, poeta e ensaísta, de Clara Pinto   Correia, bióloga e escritora, de Clara Saasrsfield Cabral, psicanalista, de Fei Bento Domingues, O.P  e de Nuno Carinhas e Pedro Sobrado.
Em tempos quaresmais, para crentes e não crentes, vale a pena assistir a esta "Alma"

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