domingo, 3 de fevereiro de 2013

"Flores amo..."

Eugène Delacroix, Flores, Museu Hermitage, (depois de 1833)




Flores amo, não busco. Se aparecem 

Flores amo, não busco. Se aparecem 
Me agrado ledo, que há em buscar prazeres 
O desprazer da busca. 
A vida seja como o sol, que é dado, 
Nem arranquemos flores, que, arrancadas 
 Não são nossas, mas mortas. 

16-6-1932

 Ricardo Reis Poemas (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994, p. 163.

5 comentários:

  1. O heterónimo não devia gostar de ramos de flores... (Isto, Ana, no seguimento de um seu post de há dias.)
    Gosto deste quadro.

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  2. Bonito o poema e o quadro.

    Beijinhos para ambas e bom domingo.:))

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  3. Pelo menos, aqui está um belo dia.

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  4. Cláudia,
    Adorei esta tela, encontrei-a quando procurava outra.
    O poema é bastante interessante tal como Ricardo Reis. :)
    Beijinho.:)

    MR,
    Coloquei-o por causa da postagem de há dias confesso. Estas flores não perecem por serem cortadas.
    Ricardo Reis não devia gostar de ramos de flores. :)))
    Como disse à Cláudia, encontrei esta tela quando procurava o retrato de Alexandre Dumas,pai.
    Bom domingo, aqui está um belo dia!
    Beijinho. :)

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