William-Adolphe Bouguerau, Flora e Zéfiro, 1875.
Museu de Belas Artes de Mulhouse, França.
XIII
Ao longe, vestidas de luz, passam as Horas primordiais. Passam as Ninfas e as Graças, bailando com Zéfiro.
Súbito, uma rajada negra as envolve... É um espectro de leão devorando flores, bramindo e fazendo tremer a terra, sob as patas sangrentas.
S. João vê o Monstro feroz na ilha deserta e ri - um riso todo em versículos tenebrosos, o riso do Apocalipse fundindo os templos e as estátuas, aquele riso que há-de abrasar o mundo e convertê-lo numa estrela!
Teixeira de Pascoaes, Obras Completas de Teixeira de Pascoaes, VIII volume, Prosa II. O Bailado, Lisboa Livraria Bertrand, 1973, pp. 170-171.
Já se ouve a Primavera.
ResponderEliminarLindíssimo e generoso este seu apontamento.
Boa noite.
ACV
ResponderEliminarBonito post com boa música...
Beijinhos.:))
ACV,
ResponderEliminarObrigada. A postagem resulta mesmo do desejo que venha rapidamente.
Boa noite!:)
Cláudia,
Obrigada.
Beijinhos. :))