Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal) ofereceu
provavelmente esta obra a Adam von Dietrichstein, embaixador do Imperador Maximiliano
II de Áustria em Madrid entre 1564 e 1571. O retrato representa sua irmã, D. Joana de
Áustria, filha mais nova de Carlos V e de Isabel de Portugal. D. Joana de Áustria casou com D. João Manuel de
Avis em 1552, príncipe herdeiro de Portugal que viria a falecer prematuramente aos 16 anos
em 1554. Pouco tempo depois, regressou a Castela onde foi nomeada regente pelo
seu irmão. Ocupou esse cargo até 1559, período que coincidiu com a
presença do monarca em Inglaterra durante o matrimónio com Maria Tudor.
O retrato transmite o sentido de
responsabilidade e de determinação de que D. Joana dispunha para a sua função de
regente, bem como as preocupações e ambições intelectuais e espirituais que a
conduziram a fundar o convento das Clarissas das Descalças Reais de Madrid em
1557 (que, ainda hoje existindo, merece uma visita). D. Joana empenhou-se na
repressão de focos luteranos que se iniciaram em Sevilha e Valladolid, e que
culminou na auto da fé de 1559 e na publicação do Índice de libros prohibidos do
inquisidor Valdés.
Nesta obra, Alonso Sánchez Coello
(1531 – 1588), o mais importante retratista da corte do século XVI, seguiu
directamente os modelos de seu mestre, António Moro. A precisão analítica e a
qualidade do desenho realizado tornaram Sánchez Coello num dos mais bem
sucedidos intérpretes da imagem de D. Joana de Áustria, aqui representada com um
retrato de Filipe II que simboliza a delegação do poder real.
Alonso Sánchez Coello, D. Joana de Áustria, Princesa de Portugal, Museu de Bellas Artes de Bilbao
Alonso Sánchez Coello, D. Joana de Áustria, Princesa de Portugal, Museu de Bellas Artes de Bilbao
Muito belo.
ResponderEliminarAinda não foi desta vez que voltei às Descalças Reais.
Muito belo mesmo.
ResponderEliminarVale a pena ir às Descalças Reais, gostei muito de visitar o convento.:)
Boa tarde.