O retratado, neto de Filipe II (Filipe I de Portugal) por ser filho da infanta Catarina Micaela, casada com Carlos Manuel I de Sabóia, chegou à corte espanhola em 1603 para concluir a sua formação junto do seu irmão Vítor Amadeu. Faleceu inesperadamente em Valladolid em 1605.
O pintor, Juan Pantoja de la Cruz (c. 1553 - 1608), discípulo de Alonso Sánchez Coello, representa a continuidade da arte exercida por António Moro, mas substitui o fundo habitualmente escuro por uma cortina sumptuosa contra a qual faz ressaltar o rosto adolescente do príncipe, a enorme gorjeira e a armadura imponente, reproduzida com uma minuciosidade requintadíssima.
Vemos Filipe Manuel com o colar da Ordem da Anunciação, a mais importante do Ducado de Sabóia, bem como o bastão na mão esquerda, indicando a qualidade de herdeiro do ducado.
Este quadro de 1604 constitui uma das obras mais significativas e ricas de Pantoja, comparável apenas com o retrato de Filipe III no Kunsthistorisches Museum de Viena.
Felipe Manuel de Saboya, Juan Pantoja de la Cruz, Museo de Bellas Artes de Bilbao
Um belo retrato.
ResponderEliminarUma beleza tudo, o quadro e o seu texto.
ResponderEliminarBom final de Domingo. :))