terça-feira, 4 de junho de 2013

In memoriam

Após ter lido na Livraria Lumière que Jorge de Sena  morreu a 4 de Junho de 1978, homenageio o autor com o poema escolhido pela Cláudia que me encantou. Link.

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, Coimbra

Génesis 

De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.

Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
                                                                                                                                   Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!

Não há verdade: O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe onde
Mortais ou imortais, todos mentiram.

Jorge de Sena

6 comentários:

  1. Vou ver qual foi a escolha da Cláudia.

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  2. Obrigada, MR.
    O poema foi este que coloquei, acho muito bonito e não me recordo de o ter lido.
    Boa noite!:)

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  3. Sempre oportuna, uma homenagem a Jorge de Sena

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  4. Ana, na verdade, o poema é maior. É composto por seis sonetos. Transcrevi apenas o último!

    Está inserido num livro de Jorge de Sena, intitulado Coroa da Terra.

    Beijinhos.:))

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  5. Obrigada, Filipe!:)

    Cláudia,
    gostei muito da sua escolha. Tenho que ver se leio os outros sonetos.:)

    Beijinhos a todos. :)

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