quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pensamento ( s )



(...) A certa altura, ainda acreditei que a substituição da caridade à latina pela filantropia à anglo-saxónica constituiria um progresso, mas a coisa não pegou: nem na minha alma, nem na realidade. Até porque, nos EUA, enquanto os filantropos corriam de um lado para o outro doando uma parte dos lucros acumulados, a desigualdade social permanecia igual ou aumentara. A solução não consiste em abolir o capitalismo, mas em ressuscitar um ideal esquecido: a fraternidade. Um tempo houve em que o mundo aceitou a escravatura como a coisa mais natural do mundo. Até que um dia, a considerou moralmente indigna. Por isso acredito ser possível lutar por que a justiça social seja reconhecida como princípio organizador das nossas sociedades.

- Maria Filomena Mónica, no Expresso do passado sábado.

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