Algés no Séc. XVIII
Tinha 3 anos e meio quando a minha mãe, por questões de partilhas com os irmãos, teve que sair da casa da Quinta do Alperce, que foi vendida, na Alameda D. Afonso Henriques onde nasci. Como a minha irmã sofria horrivelmente de asma e a conselho do médico, que achava que ela melhoraria junto ao rio, os meus pais decidiram ir viver para Algés, que ficava relativamente perto de Lisboa - sobretudo por causa do meu pai que se deslocaria de comboio para o escritório - e era, nessa altura, pouco populoso.
Habituado a ter espaço ao ar livre onde brincava com os meus cães Lobo de Alsácia, a Diana e o Tejo, senti a diferença. Mas as crianças adaptam-se com mais facilidade e lá me integrei. Fomos viver para um apartamento que, quando nos mudámos para lá, tinha vista sobre a Praça de Touros e, mais tarde, arrasada esta, sobre a marginal e o rio. Ficámos nessa casa até julho ou Agosto de 1950, quando voltámos para Lisboa, porque a minha irmã não melhorara e até mesmo piorara com a humidade do rio e viemos habitar a casa onde ainda moro, em Lisboa.
Lugre Creoula (1937/2012)
Aquário Vasco da Gama
Algumas vezes, em alturas de bom tempo, íamos piquenicar junto à capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Cruz Quebrada, que fica no alto de uma colina sobranceira ao rio e tinha espaço para jogar à bola e aos jogos infantis que jogava com a minha irmã.
Piscina do Sport Algés e Dafundo
Com umas amigas da minha mãe, que viviam também em Algés, lembro-me de ter ido assistir a uma competição de saltos na piscina do Sport Algés e Dafundo. Vem daí o meu interesse pela modalidade e o facto de ter assistido, recentemente, na SIC, ao "Splash das celebridades", com grande escândalo dos meus filhos, que devem ter pensado que já estou a ficar gagá.
Actual Farol da Gibalta, do lado esquerdo da imagem
Um acontecimento que não esqueço, embora já não vivesse em Algés, foi o terrível acidente que resultou dos desmoronamento, devido à chuva forte desse dia e problemas nos terrenos onde estava implantado, do Farol da Gibalta, em 31 de Março de 1952, que caiu sobre a via férrea do comboio Lisboa- Cascais, provocando 10 mortos e 38 feridos. O farol foi destruído e construído 30 metros mais adiante.
Naquele tempo havia praia em Algés, bem como no Dafundo, mas não me lembro de lá ter ido alguma vez.
Naquele tempo havia praia em Algés, bem como no Dafundo, mas não me lembro de lá ter ido alguma vez.
Estes posts são muito giros.
ResponderEliminarLembro-me bem destes cafés com esplanadas, onde tb lanchei várias vezes.
Tenho andado a pensar em levar os 'infantes' ao Aquário Vasco da Gama.