Praia do Magoito ao entardecer
Um das alternativas de idas à praia, de que me lembro, era a Praia do Magoito. Uma praia lindíssima, rochosa, muito diferente da das Maças. E que tinha a vantagem de ser menos frequentada e se estar mais à vontade, sem obrigação de constantes salamaleques à Senhora Dona e ao Senhor Doutor, conhecidos de Sintra.
Só recordo dois episódios mais incomuns: um, o de num dos banhos da "malta" nova toda, me terem vindo parar aos pés, com uma onda mais forte, os calções de banho. E nessa altura já era púbere e a vergonha foi muita porque ainda por cima era muito menino de coro.
A outra foi mais divertida e ao mesmo tempo mais "atrapalhante". A mãe de um dos meus amigos, cheia e de requebros e curvas e que fazia voltar a cabeça a novos e velhos era, o que se podia dizer nesses tempos, um bocado aventureira. Nesse dia - julgo que o primeiro e único dela da idas à praia em grupo - tinha um maillot muito justo e pequeno. Quando o banheiro, um rapagão bonito e bem constituído, veio montar a barraca, ela insinuou-se e começou a esticar o fato de banho: se puxava para baixo, descobria mais o peito, se puxava para cima, via.se o que não se devia em baixo. A mãe e a tia Alda estavam perplexas e nós, mais novos, mortos de riso, Mas não podíamos rir, por a senhora ser mãe de um de nós e porque, apesar daquela tonteira, gostarmos muito dela. É claro que a minha mãe arranjou sempre pretextos para não ir mais com ela à praia. Passeios por Sintra? Não fazia mal porque eram quase sempre para lugares sem muita gente, ou mesmo nenhuma além de nós...
Fotografias muito bonitas. Gostei muito de as ver porque passei umas férias nesta praia, ainda não tinha o corrimão azul de acesso à mesma.
ResponderEliminarGrata.
Beijinho. :)
Tb fui em família várias vezes a esta praia, tal como às Maçãs. E que aconteceu à mãe do seu amigo? Viveu casada para sempre? :)
ResponderEliminarNão. Uns anos mais tarde, ao saber que o marido fazia umas divagações, chamemos-lhes poéticas, atirou com a s cangalhas ao ar e fugiu, literalmente, com o dentista que tinha consultório no prédio onde vivia...
ResponderEliminar:) :) :)
ResponderEliminar:-))
ResponderEliminarTambém fui muitas vezes ao Magoito. Em criança também em excursão com os pais e amigos dos meus pais. E lembro-me de apanhar mexilhões. Apanhar era um modo de dizer porque tinham de ser desencravados das rochas e ficávamos com as mãos um bocado moídas.
Mais tarde, uma amiga minha tem lá uma casa e costumava ir passar uma semana para casa dela.
E descer as escadas para a praia? Descer e subir...
ResponderEliminarAgora imagine, MR, a minha mãe que na altura já tinha 54 anos - foi uma mãe tardia - e minha tia que teria 6o e tal. Mas as pessoas daquele tempo tinham uma energia que falta á minha geração e às mais novas. Na altura não havia drunfos :))
ResponderEliminar