terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sabores de verão - II


Para a Ana Venâncio: a bebida, a frase, a história e a receita

Se um dia vier a perder-se na selva africana, não desespere. Sente-se numa pedra e comece a preparar um Dry Martini. Eu garanto: em menos de cinco minutos vai aparecer alguém a dizer que 
a porção de gin e vermute está errada.

O que é que Ernest Hemingway quereria dizer com isto? Será que as várias maneiras de preparar a mais famosa bebida do mundo ainda não chegaram à receita perfeita?
Corria o ano de 1910, quando no fervilhante Hotel Knickerbocker, na rua 42 com a Broadway, John Rockfeller pediu que lhe fizessem uma bebida nunca antes experimentada. O barman, um latino de nome martinez, pensou: “ – Que homem tão seco!  E para os secos, nada melhor que gin!”. Então, deitou um pouco de vermute num copo com gin, gelou a mistura e serviu ao ilustre cliente. Rockfeller, diante do cocktail extremamente seco, teria dito: “ – Dry, very dry, Martinez!”. Surgia ali o dry martinez, mais tarde conhecido por Dry Martini.

O Dry Martini deve ser servido numa taça de pé fino, previamente gelada (20 minutos no frigorífico). Na versão Dry Martini Clássico, misturar 60 ml de Gin com 60 ml de vermute seco. Na versão Dry Dry Martini, juntar 110 ml de Gin a 10 ml de vermute seco.

Há variantes na preparação desta bebida como: passar limão no bordo da taça e colocar sal fino. Uma azeitona, uma cereja ou uma casca de limão retorcida, são opcionais. Ainda há quem lhe acrescente uma a três gotas de limão.

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