O Parque de Santa Cruz, mais popularmente conhecido por Jardim da Sereia foi concebido por D. frei Gaspar de Encarnação, no reinado de D. João V, quando procedeu à reforma do Mosteiro de Santa Cruz. A entrada do jardim faz-se através do arco triunfal, que se vê nas imagens, coroado por três esculturas que representam a Fé a, Esperança e a Caridade e é ladeado por dois torreões barrocos.
O trompe-l'oeil utilizado na pintura é magnífico mas, infelizmente, a falta de civismo está patente no grafismo que surge barbaramente nos torreões e na parede que incorpora a entrada do jardim. O trompe-l'oeil é uma técnica de pintura que cria uma ilusão óptica. Atualmente há poucas pessoas que a sabem utilizar.
Jardim da Sereia, Coimbra
A técnica do trompe-l'oeil foi usada profusamente pelo barroco, porém já era utilizada pelos gregos e romanos e foi recuperada no Renascimento.
Coloco ainda uma tela que me encanta de um período posterior ao barroco executado pelo padre Borrel del Caso, Fugindo da Crítica, 1874. Coleção do Banco de Espanha, Madrid (fonte: wikipedia)
Ana, infelizmente vê-se tanto disso!
ResponderEliminarAinda hoje cheguei cá, e tinha a porta da livraria escrita. Já para não falar nas paredes, essas então, quase que já não se sabe qual é a cor original!!
Continuo a defender que a educação é a base de tudo, quando esta falha...
O quadro é genial. Adorei!!
Um beijinho grande.:))
É uma coisa que me revolta é a estupidez dessas pessoas que estragam o que é de todos! Fico passada!
ResponderEliminarAqui há vários casos de vandalismo revoltante, mas um deles é sistemático: arrancar as letras do letreiro luminoso do Posto de Turismo. Chega a ser quase diário. Arrancam as letras, a Câmara coloca, voltam a arrancar...e por aí adiante!
Há tempos parece que apanharam um desses palermas. Que lhe fizeram? Nada! São assim as leis!
Não suporto nem consigo entender actos de vandalismo.
Enfim, infelizmente não se consegue acabar com isso!
Um beijinho e bom fim-de-semana!
Não me lembro de alguma vez ter visto, ao vivo, este parque e esta entrada. Uma falha....
ResponderEliminarCláudia,
ResponderEliminarSempre que passo junto ao jardim, sinto tristeza.
Falta de educação é a chave do problema. :(
Isabel,
Também fico passada mas não há remédio enquanto não existir sanções sobre este vandalismo. Quer sejam menores, cujos pais deviam ser responsabilizados, quer não sejam, não compreendo a falta de atitude perante o ato. :)
Jad,
Vou situá-lo, é o jardim que fica junto à Praça da República a norte do Gil Vicente. É conhecido por Jardim da Sereia mas é o Parque de Santa Cruz.
Deve ter visto mas nunca entrou no parque/jardim.
Na fonte (repuxo) barroca tem uns azulejos com Santo Agostinho.
Julgo que MR já colocou uns azulejos de bancos deste jardim.
É interessante o passeio através dele que nos leva à Biblioteca Municipal e Casa da Cultura.
Beijinho para todos. :)))
Cláudia,
ResponderEliminarA tela é fantástica e quando a juntei foi a pensar nos que praticam o vandalismo e fogem.
Traduzi o título inglês à letra e não encontro uma expressão portuguesa para associar. Seria a fugir do ralhete?
Francamente não sei.
Beijinho. :))
É uma fatalidade sermos assim...
ResponderEliminarEu sei como se resolvia essa falta de civismo, mas o Código penal e parte dos Juízes não permitem.
Um beijo.
Obrigado. Sim já vi, mas chamava-lhe jardim da República.
ResponderEliminarAh! Então também conheço! Isto de darem vários nomes aos jardins!...
ResponderEliminarMas a entrada foi pintada recentemente.
Fazer grafittis por cima de pinturas, azulejos e afins...
é a falta de civismo. É como cuspir no chão, etc.
João,
ResponderEliminarTemos que mudar de atitudes e comportamentos, o nosso Direito tem que ser revisto. :))
Jad,
Bem me parecia que conhecia. :))
Quanto à parte do repuxo/fonte, barroco, não sei se estava projetado por D.frei Gaspar de Anunciação mas a restruturação do jardim, sim. Seria para melhor meditarem? O fervor pela oração mental era algo que impôs.
MR,
Aqui em Coimbra é conhecido pelo Jardim da Sereia, quase ninguém fala em Parque de Santa Cruz. Se calhar é por ser junto à Praça da república que ouviu esse nome. O Camilo Pessanha e Cabral Antunes (escultor de Coimbra) estão representados através de dois bustos.
Estão a pensar murar o jardim que por enquanto é aberto, é uma tristeza mas pelo menos não se fazem selvajarias.
A parede e os torreões penso que foram limpos.
Precisa de algum arranjo.
Ana,
ResponderEliminarVi o seu post (muito bonito) apenas agora, estive uns dias sem computador. Realmente, a falta de civismo é impressionante. Lisboa "abunda" de grafismos por todo o lado...