Há 870 anos, pelo Tratado de Zamora, o rei de Leão e Castela reconheceu a independência do reino de Portugal e a legitimidade de D. Afonso Henriques como seu primeiro rei. A monarquia portuguesa durou 767 anos, até ao golpe republicano de 1910, adaptando-se aos tempos para servir o País e o povo.
A maioria dos defensores do regime imposto em 1910 parece estar convencida de que Portugal nasceu em 1910 e que a Liberdade só passou a existir depois dessa data. Mas a Liberdade existe, no sentido que hoje lhe atribuímos, desde 1826, quando o Rei-Imperador D. Pedro outorgou a Carta Constitucional. O mesmo soberano que compôs o Hino da Carta, Hino Nacional de 1834 a 1910.
Com intervalos.... alguns longos, tanto em Monarquia como em República. A Liberdade não está só relacionada com o regime. Pode-se viver em República sem liberdade e pode-se viver em Monarquia com Liberdade. A Liberdade é um dos valores que tem de trespassar todos os regimes. Viva a Liberdade!
ResponderEliminarViva a Liberdade ! - Este é seguramente um grito que todos os democratas partilham, sejam a favor de um regime ou outro.
ResponderEliminarE, felizmente, como pude constatar ainda há dias em meio académico há cada vez mais historiadores que estudam sem preconceitos a nossa história.
Costuma assinalar-se a data de 5 de Outubro de 1143 como o da independência de Portugal, inclusive, nos livros escolares. É um facto que, no Tratado de Zamora, Afonso VII, o imperador da Hispânia, reconheceu o título de rei a seu primo e Portugal como reino (esta é de facto a data em que deixa de existir o Condado Portucalense). Contudo, Afonso VII não prescindiu da vassalagem de Afonso Henriques. É verdade que entre o nosso primeiro rei e o imperador da Hispânia nunca houve uma cerimónia de vassalagem, ou seja, Afonso Henriques nunca lha prestou oficialmente. Mas assinou dois tratados (Tui e Zamora), onde estava escrito que ele lhe devia vassalagem
ResponderEliminarRepare-se: isto nunca impediu Afonso Henriques de se considerar um rei independente. Agiu como tal desde a Batalha de Ourique, em 1139, onde foi aclamado rei pelos seus guerreiros. Mas o verdadeiro reconhecimento do seu título real só ficou estabelecido na Bula Manifestis Probatum, de 23 de Maio de 1179, assinada pelo papa Alexandre III.
No entanto, não é errado considerar Portugal um reino independente desde 1143, já que, por alturas do Tratado de Zamora, Afonso Henriques terá prestado homenagem ao cardeal Guido de Vico, legado papal, que lhe prometeu a proteção da Santa Sé, ou seja, a independência em relação a qualquer poder temporal, o que incluía o do imperador da Hispânia.
Este ato, no entanto, não ficou registado por escrito. Seguindo as instruções do cardeal Guido de Vico, Afonso Henriques enviou a Roma a carta claves regni, mas, na sua resposta, em 1144, o papa Lúcio II não foi conclusivo, intitulando o nosso primeiro rei de dux (duque) em vez de rex (rei).
Mas, enfim: Portugal pode ser considerado um reino independente desde 1143, já que o cardeal Guido de Vico aceitou a homenagem de Afonso Henriques, libertando-o do jugo de Afonso VII. Não será é muito correto apontar o Tratado de Zamora como prova documental deste facto, já que, nesse documento, tanto Afonso Henriques, como o cardeal (!) dão o dito por não dito. E isto, nas costas do imperador!
João,
ResponderEliminarGostei de ouvir este hino triunfante.
Pergunto-me se não seria melhor viver em monarquia parlamentar do que no vazio político em que nos encontramos...
Boa tarde.:)))
Ainda bem que a pergunta não é para mim. Mas o vazio é idêntico aqui e na Espanha... Não está relacionado com o regime, está relacionado com as pessoas. Só as moscas é que são diferentes.
ResponderEliminarMas eu não dou a resposta. Por causa do cheiro!
Em República o Presidente da República é eleito e muda, pelo menos, de dez em dez anos. Quanto ao rei é até morrer ou até ele querer.
ResponderEliminarEu não entro na discussão porque diria coisas muito desagradáveis que a MR não gostaria de ler. E só coloquei este post para responder à continuada provocação. Se não fossem estas provocações escusadas ninguém saberia que sou monárquico. Não que me envergonhe de o ser e afirmar, mas porque neste blogue os assuntos devem ser mais elevados que a política e mais abrangentes do que os estados de alma dos colaboradores.
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