Associando-me ao Luís na homenagem às árvores
HOMENS E ÁRVORES
Árvore despida, Outono
A ambos a morte espreita
com o seu "flasch": Mary magra e direita
que parando o Pontiac
metesse o Marquês no seu kodak.
Estão mais verdes as árvores
do que os homens.
Não há rostos como figos velhos
pêssegos em passa?
Debaixo da pele mirrada
quanta polpa rica se disfarça.
E pernas jovens sem cuidados
tremem de seiva
pernas como sobreiros descascados
a arderem enterrados em oculta leiva.
António Borges Coelho, Ponte Submersa. Lisboa: Jogral, 1969, p.12
Mesmo despida das suas folhas, a árvore conserva a beleza!
ResponderEliminarBonito o poema de António
B. Coelho.
Beijinhos.:))
Obrigada, Cláudia.
ResponderEliminarEstou a gostar muito deste livro de poesia de Borges Coelho que me arranjou.
Beijinho.:))