A quem dar ouvidos ?
Só se deve passar a palavra a quem está em plena posse do delírio, pelo menos. Eis a democracia elevada e afetiva. Ou Vossa Excelência fala a partir do entusiasmo - ou se cala. O longo discurso que parte de uma situação de indiferença é uma espécie de mudez que se prolonga, mudez que exibe a sua incapacidade para comunicar verbalmente, essa impossibilidade de chegar em voz excitada ao ouvido recetivo do outro.
Escreve Adélia Prado:
« À voz apaixonada mais inclino os ouvidos. » Síntese.
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Gonçalo M.Tavares, na VISÃO.
Achei graça.
ResponderEliminarGostei e é bom para lembrar durante o dia a falta de paixão pela democracia. :))
BOM DIA!:))
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