domingo, 6 de outubro de 2013

Vêm da Infância



Para a Cláudia umas rosas de Amesterdão
Felicidades.


VÊM DA INFÂNCIA

Vêm da infância, essas mulheres.
Caladas, discretas, sem pressa
de existir. Esplêndidas mulheres essas, 
penteadas com a risca ao meio, 
as orelhas descobertas pelo cabelo
de sombra clara.
No seu coração o mundo
não era tão pequeno e o que faziam
não lhes parecia humilhação.
Sabiam envelhecer com a vagarosa
luz das crianças
e dos animais da casa.
A par da rosa.
Eugénio de Andrade in, O Sal da Língua [Banco de Poesia da Casa Fernando Pessoa]


4 comentários:

  1. Tão bonito, Ana!
    As rosas, o poema, a música...
    Muito obrigada!
    Bem haja!

    Um beijinho especial.:))

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  2. Não apanhei esta maravilha ontem à noite, Ana.

    Um beijo.

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  3. Cláudia,
    Sei que aprecia o Jaroussky e as rosas.
    Beijinho. :))

    Ana,
    Boa noite. :))

    João,
    Obrigada. :))
    Beijinho.

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