Todo o percurso artístico de Henry Purcell (1659 - 1695) contou com a protecção da corte real inglesa. Durante os reinados de Carlos II, Jaime II e Guilherme III, o compositor concluiu um conjunto de obras, entre elas, odes e semi-óperas, por ocasião de diversos acontecimentos ligados à Casa Real. Deteve também o cargo de organista da Chapel Royal, da prestigiada instituição real fundada no século XIII, cujo apogeu artístico durante os séculos XVI e XVII acolheu outras grandes figuras da música inglesa da época, tais como, Thomas Tallis, Christopher Tye ou William Byrd.
Para Maria II que reinou com o seu marido holandês Guilherme, Purcell compôs música que se destinava às celebrações de aniversário da soberana. As exéquias reais aquando da morte de Maria II foram acompanhadas de sequências musicais notáveis, habitualmente associadas a Purcell. As investigações mais recentes sugerem, no entanto, que estas Funeral Sequences não foram escritas para as cerimónias fúnebres que se realizaram em Março de 1695. Na verdade, as composições cantadas atribuem-se hoje em dia a Thomas Morley, músico renascentista da segunda metade do século XVI e primeiro compositor de madrigais. A única (mas magnífica) contribuição de Henry Purcell para este acontecimento consistiu na finalização de duas peças para trombones, bem como do célebre coral Thou knowest, Lord, the secrets of our hearts que se segue numa versão do coro do King's College de Cambridge.
Um dos meus compositores preferidos. E fiquei a saber mais umas coisas.
ResponderEliminarE meu. E a escolha magnífica.
ResponderEliminarBom dia!
E há, pelo menos, mais um prosimetronista que tb é um grande fã de Purcell.
ResponderEliminarE conta aqui com mais uma fã. :))
ResponderEliminarBelíssimo, Filipe.
Grata por esta escolha.
Bom domingo. :))