terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Citações
(...) O burburinho à volta de Soares e o jantar a Eanes são a prova disso. Como disse Eanes numa bela frase, são um presente sem futuro. Depois do entusiasmo, de um e de outro lado não ficará mais do que a melancolia de tempos mais simples.
De resto, os próprios partidos da República começam-se lentamente a desagregar. O dr. Cavaco pede " consenso ". Mas de quem com quem? Do PSD que se julga " liberal " ou do PSD que se proclama " social-democrata " com o PS oficial de Seguro ou com as facções de Sócrates, de Costa ou do confuso e desarticulado populismo de Soares? Pior ainda, o PC ( e a CGTP ) e também o Bloco não entram nestas contas? Vai o regime entregar o descontentamento, que não falta e com certeza irá aumentar, à programática irresponsabilidade da extrema-esquerda? A estranha aparição dos presidentes é o sinal de um desespero romântico, que prefere fugir à grosseira realidade da " crise " e pensar na altura idílica em que o dinheiro escorria e Portugal, segundo a propaganda do Estado, estava na " cabeça da Europa ". Com dinheiro emprestado e a sua provinciana inconsciência.
- No PÚBLICO de sexta-feira.
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