sábado, 28 de setembro de 2013

Os meus franceses - 296

Não sei se algum dia já tinha passado nesta rua, próxima da Bastilha. À noite deve ser *****. Quando vi o nome da rua, só me lembrei da java de Mouloudji. :)


Tous les sam´dis soirs on allait
Comm´ ça

Dans un bal musette pour danser

Comm´ ça

Dans un vieux quartier fréquenté

Comm´ ça
Par les danseurs de java
Comm´ ça


Rue de Lappe

Rue de Lappe

Au temps joyeux

Où les frappes

Où les frappes
Etaient chez eux
Rue de Lappe
Rue de Lappe
En ce temps là
A petits pas on dansait la java


Les jul´s portaient des casquettes

Sur leurs cheveux gominés

Avec de bell´s rouflaquettes

Qui descendaient jusqu´au nez

Rue de Lappe
Rue de Lappe
C´était charmant
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Mais plus prudent
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Pour les enfants
De les emm´ner ce soir là au ciné
Plutôt que d´aller s´faire assassiner
Passez la monnaie
Passez la monnaie
Et ça tournait
Et plus ça tournait
Et plus ça tournait
Plus ça coûtait
Qu´est c´que ça coûtait
Qu´est c´que ça coûtait
Quelques tickets
Mais on n´les payait
Mais on n´les payait
Presque jamais


Ceux qui n´sortaient pas de Polytechnique

Pour la politesse avaient leur Technique

Avec les gonzesses c´était à Coups d´trique

Qu´ils discutaient politique

Comm´ ça

Rue de Lappe

Rue de Lappe

On rencontrait

Une frappe

Une frappe
Qui revenait
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Pour respirer
Un peu d´air frais de ce bon vieux quartier
Il laissait à la Guyane
Son bel ensemble rayé
Pour cueillir le cœur d´ces dames
Comme une poire au poirier


Rue de Lappe

Rue de Lappe

C´était parfait

Rue de Lappe

Rue de Lappe
Oui mais oui mais
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Par les poulets
Un soir de rafle il se faisait cueillir
Pour la Guyane il devait repartir
Passez la monnaie
Passez la monnaie
Et ça tournait
Pendant qu´ça tournait
Pendant qu´ça tournait
On l´emmenait
Et ça lui coûtait
Et ça lui coûtait
Quelques années
Mais il n´les faisait
Mais il n´les faisait
Presque jamais
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Quand il rev´nait
Rue de Lappe
Rue de Lappe
Il r´commençait

Bases de copos - 28

Frente e verso de duas bases de copos.

Um poeta do Equador

RIMA VII

¿Qué miro? me preguntas. En mi anhelo
miro siempre, a merced de mis antojos,
mucho azul en la bóveda del cielo
y mucho azul del cielo en esos ojos.

¿En qué pienso? me dices. Tristemente
medito a solas, presa de un engaño,
que aquel azul de los espacios miente
y son tus ojos cielo, por mi daño...

Alfredo Baquerizo Moreno

nasceu em Guayquil, Equador, em 28 de Setembro de 1859.
Foi poeta, brilhante pianista, compositor, jurisconsulto e político.
Presidente da República, Presidente do Senado e do Congresso, Alcalde de Quayquil.

A minha pilha de livros - 4

2.ª ed. Lisboa: Portugal-Brasil, ca 1922

Já o tinha lido, emprestado. Como entretanto o comprei, reli-o agora. Reli algumas das crónicas com grande prazer.

Números

75 000

embalagens de antidepressivos vendidas diariamente em Portugal, este ano, até Agosto. Mais 2% que no ano passado. ( consultora IMS Health )

Citações



(...) Acredito que ser ecologista é amar as árvores, as aves, os animais, mas é, sobretudo, gostar de si próprio e respeitar o outro. Algo que, talvez, os ecologistas puros e duros esqueceram.

(...) Vivemos numa civilização que se baseia no crescimento económico e, por isso, na energia e no consumo. (...) Essa energia, esse conforto, permite-nos consumir muito mais do que aquilo de que verdadeiramente precisamos. Hoje, vivemos numa espécie de superabundância- pelo menos nos países ricos, dois ou três mil milhões de pessoas. E não sei se seremos capazes de parar.


- Excerto da entrevista do grande jornalista e fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, na Visão.

Bom dia, Filipina!

Puxámos um pacote de açúcar e vieram dois. Nos três casos.

Três divas, três identidades


(...)
Je revois la ville en fete et en dlire
Suffoquant sous le soleil et sous la joie
Et j'entends dans la musique les cris, les rires
Qui clatent et rebondissent autour de moi
Et perdue parmi ces gens qui me bousculent
tourdie, dsempare, je reste l
Quand soudain, je me retourne, il se recule,
Et la foule vient de me jeter entre ses bras...
(...)


(...)
I'm a fool to want you
I'm a fool to want you
To want a love that can't be true
A love that's there for others too
(...)


(...)
Que estranha forma de vida
Tem este meu coração:
Vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
(...)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Boa noite!

Muito bom o último filme de Woody Allen, sempre com o jazz na banda sonora.



Não conhecia o cocktail Stoli Martini (uma mistura de vodka Stoli com Martini). Pensei que  era algo mais soft dada a velocidade a que Jasmine os bebe no filme... 

Caixa do correio - 18

Este postal demorou 23 dias a chegar de um marco de correio de Barcelona à minha caixa de correio, em Lisboa. É obra!...

A minha pilha de livros - 3

Lisboa: Quetzal, 2012

Este livro - que já estava meio lido - celebra os 50 anos que Paul Theroux leva de viagens, 40 dos quais a escrever sobre elas. Durante esses anos, segundo o autor, «a viagem mudou, não só em termos de velocidade e eficiência, mas por causa das circunstâncias alteradas do mundo [...]. Todavia, há muitas partes do mundo que são pouco conhecidas e que vale  pena visitar, e houve um tempo nas minhas viagens em que algumas partes da Terra proporcionavam a qualquer visitante a emoção da descoberta de Colombo ou de Crusoe.» (p. 9)

Um dos primeiros livros que o pai de Paul Theroux lhe leu. Ele descreve como um rapaz de doze anos sobreviveu doze dias no monte Katahdin. E ensinou-lhe esta lição de sobrevivência: «Segue sempre um ri ou um ribeiro na direção em que  a água corre.»

Um livro à volta de livros, de autores e das suas viagens. Alguns deles escreveram sobre locais onde nunca estiveram: «Escrevo melhor sobre locais que nunca vi» (Edgar Rice Burroughs).

«A viagem é fatal para o preconceito, a intolerância e a estreiteza de espírito, e muitos dos nossos precisam urgentemente dela por causa dessas coisas. Visões largas, sadias e benevolentes de homens e coisas, não se podem adquirir vegetando toda a vida num cantinho da Terra.»
Mark Twain - The Innocents abroad (1869)

Depois de ler este livro, tenho mais uns quantos que quero ler. Talvez nas próximas férias. :)

Quotidianos - 111

Um bolo mármore a caminho do forno.

Chove (I)



Van Gogh, Ponte à Chuva depois de Hiroshige, 1887,
Museu Van Gogh
I

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir na chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira, "Sonâmbulo" in Poesia-II. Lisboa: Portugália,  p. 141.

Elegâncias - 98

Sandálias Brigitte, de Brian Atwood 
$1085,00

Para o próximo verão.

Marcadores de livros - 108

Um daqueles marcadores que tem íman e que se dobra na página do livro.

A longevidade


«o homem vive menos do que deve e mais do que merece»
Albrecht von Haller

Choque térmico



É como me sinto há dois dias. Até gosto do Outono, mas não tão brusco :)

Humor pela manhã





Mais uns tesourinhos das autárquicas 2013, concluindo-se que também na comunicação política fazem falta revisores de texto como se vê logo no primeiro cartaz, e que a rima política já teve melhores dias...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pacotes de açúcar - 66

Esta coleção está completa.
E a Lisbon week está aí com bons passeios, boa música e bons petiscos.

E que lê ela?

Boldini - Rapariga a ler num salão, 1876

Hoje, no Grémio Literário



Evocação por José Adelino Maltez, José Manuel Quintas, Gonçalo Sampaio e Mello e Frei Francisco Martins de Carvalho. A partir das 18h, e de entrada livre.

Humor pela manhã



Especialmente para o Filipe V.Nicolau, que não conhecia esta que é a mais " extraordinária " igreja nascida em terras de Espanha, a Igreja de Palmar de Troya e os seus " Papas ".
Para a próxima, fazemos o desvio :)

Bom dia !



Mais conhecida como Amor de mis amores, criada por um argentino, adaptada umas décadas depois para o francês por Piaf ( La Foule ), e esta é umas das minhas versões preferidas por Maria Dolores Pradera.

Maigret e Paris

Paris: Omnibus, 2003

Foi este o livro inspirador de alguns dos posts que fiz sobre o Paris de Maigret. Inspirador, apenas...
O livro consta de sete itinerários que agrupam os 120 itinerários do comissário Maigret, alguns dos quais são do próprio Simenon: uma ou outra casa onde viveu, etc.
Um livro destes ganha se apresentar fotos de época e a foto do mesmo local na atualidade.
De qualquer modo gostei do livro e, principalmente, dos passeios que me proporcionou.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Metas

Do Jornal de Negócios muito a propósito...

Cartoon de Luís Afonso
Cartoon

Boa noite!

A minha pilha de livros - 2

Lisboa: Clube do Autor, 2013

Portugal, século XXI, a corrupção nas câmaras municipais, nas empresas e na política. Mas, no enredo, também há gente que não se deixa corromper.
Um bom romance que mistura ingredientes que não nos são estranhos. Com um dos narradores a ler Tolstoi. :)

Um poeta escreve sobre outro poeta

Leiria: Ed. Diferença, 1998

Um livro que reúne textos críticos que João Rui de Sousa dedicou à obra de Ramos Rosa, desde Viagem através duma nebulosa (1960) até Figuras solares (1996). Muito útil - se assim posso dizer - para melhor entender a poesia de António Ramos Rosa.

Marcadores de livros - 107


Com um agradecimento a HMJ e APS.

Hannah Arendt


Um filme que gira à volta do julgamento do século XX e da cobertura que Hannah Arendt, judia, exilada nos EUA, se propôs fazer do julgamento de Eichmann para o The New Yorker. Mais tarde, escreverá o livro Eichmann em Jerusalém. E para que alerta ela nessa reportagem e no livro? Para a banalização do mal, para estejamos todos alerta e defendamos a liberdade. 
O trailer do filme já está a passar nas salas portuguesas.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Boa noite!

Hoje temos a cantora israelita Sarit Hadad.

Autárquicas 2013 - um exemplo

Flávio Nunes,  de 18 anos, do Partido da Terra, é candidato a Tomar. Sem um único outdoor, sem meios, mas com a criatividade e a força da sua juventude, fez este hino de campanha. Um exemplo para os grandes partidos que gastam rios de dinheiro a convencerem os que já estão convencidos a votar neles.

 

Por detrás do Candelabro

Fui ontem ver. Muito bom este filme de Soderbergh, com magnificas interpretações de Michael Douglas e Matt Damon.
Não sou, nem nunca fui apreciadora da música de Liberace.

Foi nos candelabros colocados em cima do piano em que Chopin toca, neste filme de Charles Vidor, que Liberace se inspirou para colocar uma das suas imagens de marca: o candelabro em cima do piano.

Nos teus olhos de silêncio

Lisboa: Dom Quixote, 1970
Capa de Fernando Felgueiras

Foi este o primeiro livro que li de Ramos Rosa.

ONDE É AQUI

Onde é aqui,
o centro,
onde se respira, 
a cama limpa
ao corpo inteiro e nu.
Onde é a fome e o braço toca
o esplendor.
Respira o ventre,
a vela incha
ao sol e ao mar sem fim.

Onde é aqui,
a fome nua, a árvore exata
ao centro
da alegria,
a luz e o olhar
abeto ao mar.

Onde é onde
a mão sabe
a carícia da anca
e a língua fabrica
o seu sabor a sol.
Onde o fogo acende
o pulso do poema.

(p. 29-30)

Mini-livros - 17

Philadelphia: London: Running Press, cop. 2001
Encadernado com sobrecapa
85x72 mm

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Nascimento último

Junto-me à homenagem de MR a Ramos Rosa.

Árvore, Hermitage, Amesterdão

Nascimento último

Como se não tivesse substância e de membros apagados.
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra.
E germinar no sono, germinar na árvore.
Tudo acabaria na noite, lentamente, sob uma chuva densa.
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada.
No encontro e no abandono, na última nudez,
respiraria ao ritmo do vento, na relação mais viva.
Seria de novo o gérmen que fui, o rosto indivisível.
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
e o repouso do ser no ser, os seus obscuros terraços.
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia.

António Ramos Rosa, No Calcanhar do Vento - 1987, in Antologia Poética
Selecção de Ana Paula Coutinho Mendes

A minha pilha de livros - 1

Alfragide: Dom Quixote, 2011

Comecei por este. Gosto muito da escrita de Paulo Castilho. Mas este Domínio público que estava na pilha há um ano, não me encantou. Foi até uma desilusão, e das 400 p. do livro li 70 p.

Em uma tarde de Outono

Peter Nilus - Outono, 1893

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos 
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...

Olavo Bilac

Uma praia para a Isabel

A minha preferida.
E quem sabe, se eu esta semana não vou até lá, passear.