Thomas Tallis (1505 - 1585) exerceu o cargo de mestre da Chapel Royal ao serviço de quatro reis da Inglaterra, o que o obrigou a compor, quer obras mais complexas para várias vozes segundo a liturgia católica - durante o reinado de Henrique VIII e Mary I -, quer peças mais curtas em inglês, para agradar aos monarcas protestantes, Eduardo VI e Isabel I. Mesmo no período pós-reforma, o latim continuou assim presente nos Colleges mais conhecidos, tais como o de Oxford ou Cambridge.
O sacrum convivium (A santa ceia) provém de um colecção de 34 motetes, intitulada Cantiones quae ab argumento sacrae vocantur e publicada por Tallis e William Byrd em 1575, quando Isabel I concedeu um monopólio de impressão de partituras aos dois compositores.
Divulgado portanto durante a época isabelina (e protestante, por conseguinte), O sacrum convivium representa uma peça claramente católica que recorre a um texto da liturgia do Dia do Corpo de Deus da autoria de São Tomás de Aquino.
Não sabemos se esta obra foi ou não alguma vez interpretada em igrejas inglesas. Sabemos, no entanto, tratar-se de uma das composições mais belas de Thomas Tallis.
Por ocasião do dia de hoje, Quinta-Feira Santa, segue então O sacrum convivium interpretado pelo coro de St. George de Windsor.
Não sabemos se esta obra foi ou não alguma vez interpretada em igrejas inglesas. Sabemos, no entanto, tratar-se de uma das composições mais belas de Thomas Tallis.
Por ocasião do dia de hoje, Quinta-Feira Santa, segue então O sacrum convivium interpretado pelo coro de St. George de Windsor.
Imagem: detalhe do vitral da igreja Wiesenkirche em Soest (Alemanha)
Maravilhoso.:))
ResponderEliminarQue interessante terem-se mantido os motetes, da autoria de S. Tomás de Aquino, mesmo no ambiente protestante.
Grata pela partilha.