Uma nova adaptação, desta vez americana, do romance Thérèse Raquin (1867), de Émile Zola, vai estrear para a semana nos cinemas portugueses. Inicialmente, intitulado Thérèse.
Em 1953, Marcel Carné realizou um filme do livro de Zola, com Simone Signoret e Raf Vallone. Não me lembro de o ter visto. Deste filme, apenas encontrei uma canção no YouTube.
Li o livro de Zola há muitos anos e voltei a lê-lo, pelo menos, mais uma vez.
Trad. de João Gaspar Simões.
Lisboa: Arcádia, 1964. (BAB: 38)
«Ao fundo da rua G´négaud, vindo do cais, fica a viela do Pont-Neuf, espécie de corredor estreito e sombrio, que liga a rua Mazarine à rua de Seine. Esta viela tem trinta passos de extensão e dois de largura, quando muito; o pavimento é de lajes pardacentas e gastas, desconjuntadas, que ressumam uma humidade ácida; o tejadilho envidraçado que o cobre , em ângulo reto, é negro de sujo.» (p. 15) Assim começa o romance de Zola, numa rua ali para trás da Biblioteca Mazarine.
Zola escreveu um prefácio para este livro, talvez para a sua 2.ª edição, porque a crítica o acolheu «com uma voz brutal e indignada».
«Na Teresa Raquin quis estudar temperamentos e não caracteres. Nisso está o livro inteiro. Escolhi personagens soberanamente dominadas pelos seus nervos e pelo seu sangue, desprovidas de livre arbítrio, arrastadas a cada ato da sua vida pelas fatalidades da sua carne.» (p.7-8)
Boa noite!
Creio que cheguei a ver a versão Signoret/Vallone.
ResponderEliminarBom dia!
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