Daqui desta Lisboa...
Daqui desta Lisboa compassiva,
Nápoles por suíços habitada,
onde a tristeza vil e apagada
se disfarça de gente mais ativa;
daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais seleta
que roda a quatro a nalga e a barriga;
daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira de vida e piaçaba,
da savada suspensa no poente,
do ramudo tristolho que se apaga;
daqui, só paciência, amigos meus!
Peguem lá o soneto e vão com Deus...
Alexandre O'Neill
Tenho alguns desta colecção.
ResponderEliminarSão bonitos!
Bom dia!
É giro. :))
ResponderEliminarBoa tarde!
Esqueci-me de dizer que gostei do poema.
ResponderEliminarO'Neill, sempre.
ResponderEliminarBoa tarde!
De certeza que Alexandre O'Neil não escreveu - aliás, nunca escreveria - «ativa» e «seleta»... ;-)
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