Hans Memling, Alegoria da Castidade,
1475, (Wikimedia Commons)
(...)
Pudor e Honestidade à dianteira,
nobre par de virtudes divinais
que a fazem ser às damas sobranceira;
Siso e Modéstia vinham laterais,
Prazer e Uso a meio coração,
Perseverança e Glória eram finais;
Belo Agasalho e Inteligência vão,
Cortesia em redor com a Pureza,
Temor do mal, Desejo de honra são.
Cuidar maduro em juvenil presteza
e, concórdia tão rara neste mundo,
lá estava Castidade com Beleza.
Vinha assim contra Amor e em tão fecundo
favor do céu e de almas bem nascidas
que à vista de tal peso me confundo.
(...)
[Petrarca, Triunfos da Castidade]
Vasco Graça Moura, Os Triunfos de Petrarca. Lisboa: Bertrand, 2004,p. 95
Tirando o VGM, quem poderia traduzir para a nossa língua, com esta pureza, Petrarca ?
ResponderEliminarObrigado,ANA !
Beijinho,
ResponderEliminarJoão. :))