É bom viver num Estado de Direito mesmo com as imperfeições que todos conhecemos. Uma reflexão a que cheguei durante a leitura de A filha do destino.
Recordo-me que um célebre historiador me disse, não exactamente com estas palavras, que o homem era sempre o mesmo ao longo da História, isto é, não há nada de novo senão as circunstâncias (cenário) do momento. Na altura recebi com cepticismo a ideia. Hoje apuro que é verdade.
http://www.bbc.co.uk/radio4/history/document/document20080204_gallery.shtml
«Tu não compreendes, pois não, Pinkie? [a Benazir quando esta julgava que venceria o processo levantado contra o pai] (...)
Eles vão matar-me. Não importa as provas que tu ou outra pessoa qualquer apresentem. Eles vão assassinar-me por um homicídio que eu não cometi.»
Zulfikar Ali Bhutto, in Benazir Butto, A filha do destino. Lisboa: Dom Quixote, 2009, p. 163
E as diferenças nas histórias são o resultado do "mundo" que cada uma das personagens "transporta" em si. É apenas isso (uns chamam-lhe envolvência, cenário, meio ambiente, cultura, valores, etc...) que modifica o resultado. Por isso é preciso "modificar" (isto é - educar ou "civilizacionar") a mentalidade de cada um. O pior são os fanáticos e os "valores" que alguns dizem civilizacionais... e isso vai dando o mundo que conhecemos e vivemos. Hoje poderia ser mais fácil - ao lado do livro temos, muito mais fácil, a televisão (e todo o mundo do som, da imagem e da comunicação)... mas os "valores" defendidos, vendidos e propagandiados podem nem sempre ser os melhores - problemas eternos: o que é o melhor?
ResponderEliminarJad,
ResponderEliminarCenário fui eu que coloquei para resumir usar-se o computador versus a máquina de escrever ou o aparo...
Mudam-se algumas coisas mas o homem continua o mesmo. Veja-se [numa realidade diferente desta do livro que ando a ler em que se queria implementar a "democracia" entre aspas, mas era democracia, com os EUA a tramar], o caso Espírito Santo, brinca-se, ganha-se dinheiro, desvia-se, e o mexilhão é que se trama sempre. :(
Recurso recorrente em muitas épocas.
"Civilizacionar" é uma chave importante mas também tem muitas nuances.
Gostava de saber responder à sua questão.
Não sei ...
Boa tarde!:))
Ana, ao particularizar ( com o BES) já introduzio preconceitos e já se afastou do modelo. O conceito preconizado é muito mais difícil de se compreender, do que parece. O homem, nos seus aspetos naturais (natureza humano, hoje diríamos ADN) é que são os mesmos.
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