Juan de Arellano, Coroa de Flores,
Pássaros e Borboletas, Museu do Louvre
Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.
[Trecho]
Manoel de Barros “Manoel de Barros — Poesia Completa Bandeira”, editora Leya
Gosto da primeira frase do poema " A maior riqueza do homem é a incompletude"
ResponderEliminarBom fim-de-semana :)
Por aqui...muita chuvinha!
Gosto deste poema.
ResponderEliminarIsabel,
ResponderEliminarTambém é o verso que gosto mais. :))
Hoje está sol e chuva por aqui.
Bom fim-de-semana!
MR,
Também gosto. Coloquei-o porque li que o poeta morreu, daí a coroa de flores.