Nova ed. Lisboa: Livr. Renascença, ca 1960
Tenho-me lembrado, por razões óbvias (e não as melhores), deste livro do Conde de Volney, que li há muitos anos e que tem como subtítulo: Meditação acerca da destruição dos impérios.
Volney (contração de Voltaire e Ferney), pseudónimo de Constantin-François Chassebœuf de La Giraudais, estudou Direito e Medicina. Viajou pelo Líbano, Egito e Síria, tendo deixado um relato dessa sua viagem em Voyage en Syrie et en Égypte, pendant les années 1783, 84 et 85 (1788). Representou o Terceiro Estado, em 1789, e foi secretário da Assembleia Nacional Constituinte em 1790.
O seu livro mais conhecido é este, As ruínas de Palmira, editado em França em 1791 e cuja 1.ª ed. portuguesa é de 1822 (Lisboa: Tip. Dizidério Marques Leão). Já o li há muito anos e sei que, na época, gostei.
Começa assim:
«Ruínas solitárias, sacrossantos sepulcros, muros silenciosos: Salvé!
«Dirijo-vos a minha invocação e a minha suprema súplica. Enquanto o vulgo foge aterrorizado perante o vosso sombrio aspeto, o meu coração, pelo contrário, sente-se atraído, enlevado no encanto de pensamentos profundos e elevadas ideias.
«Quantas lições úteis, quantas reflexões veementes ou patéticas não suscitais no espírito que sabe consultar-vos!
«Quando o mundo inteiro escravizado emudecia perante os tiranos, já vós proclamáveis as grandes verdades que eles abominavam e perseguiam!
«Confundindo os despojos dos reis com os do mísero escravo, atestastes por modo eloquente e sublime, o dogma sacrossanto da Igualdade!
«Foi dentro do vosso recinto que eu, solitário amante da Liberdade, vi surgir, de entre os túmulos, a sua imagem, não como a imagina o vulgo insensato, empunhando archotes e punhais, mas com o espeto augusto da Justiça, com as balanças sagradas onde, no limiar da eternidade, se pesam as ações dos mortais.»
Começa assim:
«Ruínas solitárias, sacrossantos sepulcros, muros silenciosos: Salvé!
«Dirijo-vos a minha invocação e a minha suprema súplica. Enquanto o vulgo foge aterrorizado perante o vosso sombrio aspeto, o meu coração, pelo contrário, sente-se atraído, enlevado no encanto de pensamentos profundos e elevadas ideias.
«Quantas lições úteis, quantas reflexões veementes ou patéticas não suscitais no espírito que sabe consultar-vos!
«Quando o mundo inteiro escravizado emudecia perante os tiranos, já vós proclamáveis as grandes verdades que eles abominavam e perseguiam!
«Confundindo os despojos dos reis com os do mísero escravo, atestastes por modo eloquente e sublime, o dogma sacrossanto da Igualdade!
«Foi dentro do vosso recinto que eu, solitário amante da Liberdade, vi surgir, de entre os túmulos, a sua imagem, não como a imagina o vulgo insensato, empunhando archotes e punhais, mas com o espeto augusto da Justiça, com as balanças sagradas onde, no limiar da eternidade, se pesam as ações dos mortais.»
http://es.wikipedia.org/wiki/Palmira
http://es.wikipedia.org/wiki/Teatro_romano_de_Palmira
Desde essa época que fiquei com vontade de ir a Palmira, mas na época parecia um local inacessível... Há uns anos (não muitos) estive para ir à Síria,mas adiei a viagem, já não me lembro porquê. Será que estes novos bárbaros vão destruir esta maravilha?
MR
ResponderEliminarTambém gostaria de visitar, embora agora me pareça que não é a melhor altura. Só desejo que o património resista à malvadez dos guerreiros.
Bom dia!:))
É triste muito triste, o que se passa na Síria. No Egito, etc.
ResponderEliminar