segunda-feira, 30 de julho de 2018

Leituras no Metro - 987

Porto: Porto Ed., 2015

Modiano escolheu a seguinte citação de Stendhal para epígrafe deste seu livro: «Não posso fornecer a realidade dos factos, posso apenas apresentar a sua sombra», o que é um bom mote para toda a obra deste escritor francês.
«Várias décadas passaram desde que Jean Daragane, em criança, viveu em Saint-Leu-la-Forêt. Agora, sexagenário, escritor, mal pensa nisso. Leva uma existência solitária, o telefone raramente toca, praticamente não escreve. Até que acontece um «quase nada». Como que uma picada de inseto, que a princípio parece muito leve. Esse "quase nada" é o aparecimento de uma velha agenda telefónica onde figura o nome de Guy Torstel. Arrastado para o passado, para a Paris dos anos 1950 e 1960, Daragane vai-se confrontar com a memória de Annie Astrand, que foi para ele uma espécie de mãe» (Da contracapa).
Gostei deste livro em que por um "quase nada" (uns retratos tirados numa photomaton) o protagonista tenta lembrar-se do seu passado, uma memória enevoada e melancólica.

6 comentários:

  1. "Lembrar-se do seu passado" parece-me que foi o que Modiano sempre fez, nos 3 ou 4 livros que eu li dele... E estou vacinado, já me chegou.
    Um bom dia.

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  2. Dele li apenas "No Café da Juventude Perdida", que surgiu no nosso país aquando da atribuição do Nobel e talvez pelo galardão literário recebido esperava por algo de diferente.
    Muito boa tarde!

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  3. Eu li apenas um... Não sei por que não voltei a ele...
    Boa tarde!

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  4. Li vários e gosto da escrita de Modiano. Fiquei até feliz quando ele ganhou o Nobel, embora não o esperasse.
    Boa tarde!

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