Lisboa: Casa da Achada, imp. 2009
Foi uma belíssima ideia a que Eduarda Dionísio teve em conversar com o arquiteto Francisco Castro Rodrigues e dar a essas conversas a forma de memórias. Senão teria sido mais um caso dos muitos que têm muito para contar e não deixam rasto. Só o formato e o peso do livro é que não são os mais adequados. Cada vez odeio mais livros grandes e pesados. Mas este é interessantíssimo.
Francisco Castro Rodrigues nasceu numa família de anarquistas, frequentou a Escola Oficina n.º 1 na Graça, onde vivia. Foi comunista toda a vida embora tivesse estado poucos anos no PCP. Fez parte do MUD Juvenil, esteve preso no Aljube e em Caxias com Mário Soares, Manuel Mendes, Júlio Pomar, etc. Depois da prisão resolveu ir para Angola onde viveu no Lobito, de onde voltou em 1988 para ir viver nas Azenhas do Mar, onde a família tinha raízes.
Ele conta histórias delirantes sobre um diretor (alcunhado de Cunha Bruto) e professores da Escola de Belas Artes que eu já conhecia de outros frequentadores da mesma escola. E outras histórias da sua vida e da sua obra de arquiteto, bem como dos sítios onde viveu.
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