Michel Pastoreau, o especialista da simbólica das cores, autor de livros sobre o azul, o preto, o verde e o vermelho, está a preparar um ensaio sobre o amarelo.
Numa entrevista a Le Figaro (9 dez. 2019), fala sobre o significado desta cor, distintiva dos «coletes amarelos».
Quando a jornalista Anne Fulda lhe perguntou se é a primeira vez que esta cor está associada a um movimento político, Pastoreau respondeu: «Sim, desde a Revolução Francesa que o amarelo, associado à mentira e à traição, foi cuidadosamente evitado na política. É preciso dizer que todas as outras cores de base já foram utilizadas. O azul está associado aos partidos conservadores, o vermelho aos comunistas e revolucionários, o rosa aos socialistas, o verde aos ecologistas, o preto aos anarquistas e o branco aos monárquicos. Quanto ao laranja, que lembra os coletes salva-vidas e as bóias, foi escolhido pelos ucranianos e pelo MoDem, e o violeta é também ícone dos movimentos feministas desde o princípio do século XX. Portanto, só sobrava o amarelo e o cinzento.»
Até para protestar já vão faltando cores.
ResponderEliminarBom dia
Bem interessante! Bom dia!
ResponderEliminarBem curiosa esta viagem pelas cores na política.
ResponderEliminarBoa tarde!
Também achei interessante.
ResponderEliminarDe Pastoreau, li Dicionário das cores do nosso tempo; agora espero o livro sobre o amarelo.
Bom dia para todos.