O chá das cinco - 117

John Frederick Peto - Still life with layer cake and tea service

Para o lanche da Margarida.

Auto-retrato(s) - 262

Alfredo Andersen - Auto-retrato, 1926

Alfred Emil Andersen nasceu na Noruega, tendo-se radicado no Brasil, onde faleceu. É conhecido como Alfredo Andersen.

Robert Doisneau, o Rebelde do Maravilhoso


Hoje é dia de vermos Robert Doisneau, o Rebelde do Maravilhoso de Clémentine Deroudille no Cinema Ideal. Mas caso não o possam fazer, podem sempre recorrer ao DVD:

Parabéns, Margarida Elias!


Barco

Margens inertes abrem os seus braços
Um grande barco no silêncio parte.
Altas gaivotas nos ângulos a pique,
Recém-nascidas à luz, perfeita a morte.

Um grande barco parte abandonando
As colunas de um cais ausente e branco.
E o seu rosto busca-se emergindo
Do corpo sem cabeça da cidade.

Um grande barco desligado parte
Esculpindo de frente o vento norte.
Perfeito azul do mar, perfeita a morte
Formas claras e nítidas de espanto

Sophia de Mello Breyner Andresen
In: Coral, 1950

Um dia feliz!

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Fragmentos de lápides funerárias


Século V a.C. 
Século II 
Século III 
Uma urna etrusca, século II a.C. 
Século I 

Leituras no Metro - 1000

Lisboa: Livros de Bordo, 2018

Gosto muito dos livros de Wenceslau de Morais e não conhecia este livro sobre o Bon-Odori - «Estranha frase japonesa; mais do que estranha - incompreensível -, para leitores da minha terra, aos quais, naturalmente, estas páginas se destinam.»
E o que é o Bon-Odori? «Há, no Japão, em cada ano, um período, geralmente de 13 a 15 do 7.º mês lunar, durante o qual se festejam todos os mortos.» Logo é uma data móvel...
Wenceslau de Moraes descreve Tokushima e o seu ambiente para depois narrar como se processa a comemoração dos mortos na região.

Os meus posts hoje são todos alusivos ao Dia de Finados. :)

Boa noite!

Pasolini foi assassinado há 43 anos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A Árvore da Vida


Para quem se anda a passear por Castelo Branco.

Seis filmes sobre fotógrafos e uma antestreia

O Cinema Ideal vai passar, a partir e hoje, seis documentários sobre seis fotógrafos. Os filmes vão ser exibidos nos próximos sete dias. O primeiro, hoje, é Mapplethorpe: Vejam as Imagens de Fenton Bailey e Randy Barbato.
Amanhã será a vez de Robert Frank, não Pestanejes de Laura Israel:



Marcadores de livros - 1195

Uma rosa em metal com uma fita de veludo. Um marcador muito especial.

Obrigada, Sandra!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Feliz Halloween!

Eu não comemora, mas desejo com - este belo presente que recebi - um feliz Halloween a quem o festejar. 

Com um agradecimento à Paula, e em geminação com Ponto Aqui! Ponto Acolá! 

Marcadores de livros - 1194


Um marcador e quatro postais da Impedimenta, uma das editoras que tem melhor gosto na execução deste tipo de material. Também já vi os livros e são muito bem produzidos. 

Gracias, Luisa!


Sobre o génio

Camille Claudel - Paul Claudel à 13 ans, 1881. Bronze
Musée Bertrand de Chateauroux

«L’apparition du génie est accueillie par un silence réprobateur.»
Paul Claudel

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Boa noite!


Canção de Paco Ibáñez baseada num poema que José Agustín Goytisolo escreveu de homenagem a Miguel Hernández. E para variar de «Andaluces de Jaén».

Em geminação com Marcapáxinas da Cairesa.

Começa o cheirinho e o sabor da castanha assada



Uma agradável nuvem de fumo precede o aparecimento dos vendedores de castanhas, que no outono surgem nas esquinas das ruas com os seus carrinhos e fornos próprios onde assam as castanhas.
Já na pré-História este fruto era usado como complemento calórico na alimentação humana, como substituto do pão, da batata ou como farinha. Os gregos e os romanos enchiam ânforas de castanhas com mel silvestre. Na Idade Média, passaram a integrar o receituário conventual, sendo a farinha de castanha largamente usada pela Europa. Com o Renascimento, ganhou nova vida, sobretudo na confeitaria.
Surgiram em França e Itália as "marrons glacés", castanhas cristalizadas em açúcar. Foi depois das Cruzadas, quando o açúcar foi trazido para a Europa, que esta especialidade apareceu, por volta do século XVI, na zona de Piemonte, onde havia muitos castanheiros. Além de assada ou cozida, a castanha também pode ser servida em puré ou em sobremesas, como no "crème de marrons", uma compota de castanha e açúcar com um travo de baunilha.

E, afinal, porque temos o hábito de comer castanhas em novembro? E por que chamamos a este período do ano, em que celebramos o magusto, "Verão de S. Martinho"?
Martinho era um soldado nascido na Hungria em 316, que aos 15 anos foi para Pavia, em Itália, e mais tarde, em França, abraçou a via do sacerdócio. Reza a lenda que num certo dia de novembro muito chuvoso e frio, Martinho seguia a cavalo a caminho de Amiens, ao serviço do imperador deste país, quando rebentou uma tremenda tempestade - e um pobre se abeirou da estrada a pedir-lhe esmola. Não tendo nada para lhe dar, Martinho cortou com a espada a sua capa ao meio, para que este pudesse proteger-se do frio. Nesse momento, conta-se que a chuva parou e o sol começou a brilhar. Por isso é que se fala no "Verão de S. Martinho", para assinalar uma altura em novembro em que o frio costuma dar tréguas e o bom tempo reaparece.
O dia de S. Martinho (que entretanto se entregou à vida sacerdotal, tendo sido bispo de Tours) ficou marcado a 11 de novembro, data em que o santo foi sepultado, quando costumamos celebrar o Magusto. Diz o provérbio: "No S. Martinho come castanhas e prova o novo vinho". Este vinho novo refere-se ao vinho guardado após as vindimas, mas também se tem por hábito beber água-pé ou jeropiga.

Marcadores de livros - 1193




Bolsa e marcadores (frente e reverso).

Obrigada, Justa!


segunda-feira, 29 de outubro de 2018

José Sarmento de Matos

A bibliografia de José Sarmento de Matos - que ontem nos deixou - sobre Lisboa é vasta. Escreveu sobre a capital e sobre zonas e edifícios da cidade.
Deixo aqui, para o lembrar, duas obras, de que gosto particularmente: uma levou-me a olhar para a zona oriental da cidade com outros olhos. Fiz muitos passeios com este guia.

Lisboa: Livros Horizonte, 1998-1999

Da história de Lisboa que ele se propunha escrever só saíram até à data dois volumes que chegam a Fernão Lopes. Não sei se ele deixou mais algum volume pronto. Espero que sim.

Lisboa: Temas e Debates, 2008-2009

Faz no próximo ano 50 anos que conheci o Sarmento de Matos.

Hoje e amanhã




A venda, na casa Piasa, em Paris, da biblioteca de François Mitterrand, grande bibliófilo, interessado pelo papel, pelas encadernações, pelos tipógrafos, visita frequente de livreiros e alfarrabistas.

Um quadro por dia - 433


Esta natureza-morta de Cézanne, Abricots et cerises sur une assiette, 1877-79, 15,8x22,2cm, foi vendida há dias na Sotheby's de Paris . Era a tela principal, acompanhada de obras de Géricault, Seurat ou Poliakoff, do primeiro leilão da colecção Jeannine Chapet,uma das filhas e herdeiras de Georges Benand, mítico patrão da Samaritaine durante 40 anos e um dos maiores coleccionadores franceses do século XX.

Lá fora - 346





O cérebro é o tema principal dos mármores de Jan Fabre, agora expostos na Fondation Maeght


Jan Fabre - Ma Nation : l' imagination, até 11 de Novembro, Fondation Marguerite et Aimé Maeght



fondation-maeght.com

Cinenovidades





Muita vontade de ver, mas cada vez menos filmes franceses chegam cá ...

Leituras no Metro - 999


«Depois do tremor de terra no nordeste do Afeganistão, os talibãs distribuirão víveres às vítimas, que, todavia, “não tenham sofrido grandes padecimentos por terem desobedecido a Deus, o Todo Poderoso” [(Le Monde, 17 jun. 1998, coln. En vue]].
«Eis aqui, sem comentários. Vocês riem, mas não riem verdadeiramente.»
Philippe Sollers in L’année du Tigre, p. 145

Acontece-nos muitas vezes não sabermos se havemos de rir ou chorar.

Bom dia !





Tão forte como há 40 anos, e sempre actual ...

Marcadores de livros - 1192

Um puzzle de dois marcadores. Uma ótima ideia, esta coleção sobre o comércio de sempre (provavelmente o que por cá chamamos de comércio tradicional) de Vilanova (Catalunha).

Obrigada, Luisa!

domingo, 28 de outubro de 2018

Marcadores de livros - 1191


O reverso é igual em todos os marcadores.

Sempre vamos aprendendo umas coisas com os marcadores. :) Desta vez são escritores aragoneses. É uma tristeza, mas desconheço todos. :(

Obrigada, Justa!

Anglo-Saxon Kingdoms: Art, Word, War

The Alfred Jewel
University of Oxford, Ashmolean Museum

Tesouros da coleção da própria British Library, como os belíssimos Lindisfarne Gospels, Beowulf e a Ecclesiastical History de Bede, podem ser vistos ao lado de impressionantes achados de Sutton Hoo e Staffordshire Hoard. O mundialmente famoso Domesday Book oferece uma representação incomparável da paisagem da Inglaterra anglo-saxônica, enquanto o Codex Amiatinus, uma gigantesca Bíblia de Nortúmbria, levada para a Itália em 716 e que regressa a Inglaterra pela primeira vez em 1300 anos. 
O povo dos reinos anglo-saxões conta sua história, pelas suas próprias palavras. 
Exposição aberta até 19 de fevereiro na British Library.