Trad. de Lúcia Liba Mucznik.
Alfragide: Dom Quixote, 2018
Livro constituído por três textos, baseados em conferências dadas por Amos Oz.
Do segundo ensaio, retiro estas citações:
«A cultura judaica construiu-se geração após geração pela energia criativa da tensão entre sacerdote e profeta, entre fariseus e saduceus, entre a escola de Hillel e a de Shamai*, entre o rito sefardita e o asquenazita, entre hassidim e mitnagedim**, entre religiosos e iluministas, entre sionistas e antissionistas, entre a escola de Bialak e a de Berdichevsky, entre laicos e religiosos, entre pombas e falcões, até aos dias de hoje.» (p. 74)
«Luzes e não uma única luz. Crenças e ideias e não uma única crença e uma única ideia.» (p. 75)
* Sábios do último séc. a.C. e primeiro d.C. que fundaram escolas de pensamentos opostas.
** Lit. «opositores». Movimento judaico ortodoxo nascido no sec. XVIII em oposição ao misticismo de hassidim. (Notas da trad.)
Embora nunca tenha lido nenhum livro de Amos Oz, li várias entrevistas em que ele acertava bem nas razões que levam o Médio-Oriente a ser uma região tão instável. Deve ser um livro bem interessante numa altura em que os extremismos estão a regressar ao "convivio" democrático e pior que um cego são aqueles que não o querem ver.
ResponderEliminarBoa noite!
E numa altura em que Netanyahu propõe que se retire a cidadania israelita a todos os que não sejam judeus. Ficam apátridas, como aconteceu a imensos judeus (e não só) durante e após a II Guerra Mundial?! Este homem não aprendeu nada com a História.
ResponderEliminarGostei bastante e aprendi com este livro de Amos Oz.
Boa tarde!