sexta-feira, 26 de abril de 2019

Pelos Caminhos de Portugal: 100 edições do Mapa das Estradas


O Automóvel Club de Portugal inaugurou uma mostra sobre as 100 edições do Mapa das Estradas.
Uma das curiosidades desta exposição é o mapa de 1973, em que o então capitão Otelo Saraiva de Carvalho, comandante das operações do MFA, traçou os caminhos da revolução. «Foi essencial na recolha de informação para os itinerários dos militares que participaram nas operações», recordou Otelo na inauguração da exposição. O mapa que foi usado para planear as deslocações dos revoltosos de todo o país até Lisboa pertencia ao próprio Otelo: «Sou sócio do clube desde 1958 e como o recebia todos os anos, levei-o juntamente com outros documentos para o Posto de Comando da Pontinha, no dia 24 de abril de 1974. Escolhi o mapa do ACP por ser fiável, por ter uma dimensão que facilitava a consulta e porque rapidamente ficava a saber as quilometragens percorridas e os tempos que demoravam as colunas militares. Assim, acompanhava melhor as deslocações, que ia assinalando com alfinetes para controlar o cumprimento dos objectivos».
Uma exposição em que podemos ver como as pessoas se deslocavam no nosso país ao longo das várias épocas, numa altura em que o Mapa do ACP era um documento importante para a mobilidade. 
Lembro-me bem de viajar a seguir o mapa do ACP: «Faltam x km para virar à esquerda»; «Faltam x km para chegarmos».
Até 28 de junho na sede do ACP, em Lisboa.

5 comentários:

  1. Ainda me recordo desses tempos em que a auto-estrada terminava em Vila Franca de Xira e depois a viagem até Coimbra era feita no "carocha" pelas estradas que nos ofereciam:-)
    Boa tarde!

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  2. A exposição deve ser bem interessante!
    Boa tarde!

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  3. E antes disso ainda, a autoestrada até Caxias.
    Umas estradas em que demorávamos um dia a chegar a Trás-os-Montes, ao Minho ou ao Algarve. Para a outra-banda ou íamos a Vila Nova atravessar a ponte ou tinha que se meter o carro no barco. Para o Barreiro?
    Qualquer viagem era uma aventura.
    Boa tarde!

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  4. Para MR:
    Só é pena que o Senhor Presidente do ACP não saiba o que é viver numa sociedade plural e respeitar a diferença de opinião de TODOS OS SÓCIOS. A criatura gosta muito é de aproveitar o ACP como plataforma para a sua propaganda política. Lamentável.

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  5. No meu comentário queria dizer que atravessávamos a ponte de Vila Franca. :)

    HMJ,
    Sou sócia do ACP, não votei em Carlos Barbosa, nem me identifico com ele em nada, mas acho que esta exposição é bastante interessante para vermos a evolução do país, principalmente numa época em que as pessoas não viajam por mapas mas por GPS. Há poucos anos vi-me aflita para comprar um mapa de Espanha e não consegui. Com dificuldade, encontrei mapas parciais, por regiões.
    Bom fim de semana!

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