Penetraste no meu coração
Como um vírus no meu computador
Vindo de lado nenhum
Ofereces-me agora
O vazio da não opção
Estragaste-me o real
Obrigaste-me a reinventá-lo:
Para quê?
Agora estás
No meu cemitério de textos
Já não te posso reencaminhar
Arquivei-te no lixo da memória
Do meu Pentium IV
Que aliás já vendi
Troquei-o por um lap top
Mais leve
Mais portátil
Mais facilmente descartável
Ana Hatherly
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ResponderEliminarAna Hatherley tocou muitas teclas, como se diz por cá, e uma das suas facetas mais conhecidas foi como integrante do grupo da poesia experimental portuguesa nos anos 60 do século passado.
ResponderEliminarBom sábado!