sábado, 11 de maio de 2019

The portuguese prison photo project

Não posso deixar de dizer que acho este título inglês uma saloiada para uma exposição no Museu do Aljube. Mas infelizmente tenho de admitir que somos uns saloios por mais afirmações contra. Pior:  quem devia dar algum exemplo faz de nós uns saloios.


Quem já viu uma prisão do lado de dentro?
Para a maioria de todos nós fica-nos a ideia que criámos ao ler ou ao ver os filmes que retratam esses espaços.
O projeto the portuguese prison photo project cruza os olhares diferentes de dois fotógrafos sobre sete prisões portuguesas contemporâneas.
Luís Barbosa e Peter Schulthess conduzem-nos ao interior de um mundo que retrata as prisões portuguesas, da mais antiga, criada em 1880, à mais moderna, aberta em 2004.
Imagens históricas, vindas de arquivos nacionais, completam a mostra que se manterá no espaço de exposições temporárias do Museu do Aljube até ao final de setembro de 2019.
A exposição é acompanhada de um colóquio que, como vem sendo hábito na nossa Universidade também tem um título em inglês e os conferencistas portugueses devem preparar-se para falar em inglês. No outro dia estive num colóquio (em Lisboa) no qual os portugueses fizeram as suas intervenções em inglês e um espanhol falou em castelhano. Bravo!

5 comentários:

  1. Não bastava sermos pequenos de território, para muitos de nós serem também pequenos de cabeça... Mas também trocamos de alma por um prato de lentilhas. Ou de língua: na corte, no século XVI, talvez por causa das rainhas espanholas, falava-se muito castelhano, depois, pela usurpação, também e bem até ao fim do século XVII. Vendemo-nos depois à língua francesa, porque era chique, no século XVIII. Agora é o inglês mascavado economês e tecnológico...
    Por acaso, já estive, em visita de obrigação, numa prisão em funcionamento - não é nada agradável, bem pior que em hospitais...
    Um bom fim-de-semana.

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  2. O que conheço de prisões não é agradável como esse quadro dá a entender, até pela deficiência em luz solar. Portugueses, em solo português, a conferenciarem noutra língua é figura bem triste e denota falta de respeito peça língua materna e pelos ouvintes.

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  3. Falar noutra língua numa conferência em Portugal é falta de respeito pelo país e pormos de cócoras perante o estrangeiro que é uma coisa muito portuguesa (e antiga) que me irrita. Não estou a ver isto acontecer noutros países.
    E quero ver o que vai acontecer no Parlamento Europeu com a saída do Reino Unido...
    Bom domingo para os dois.

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  4. Por aquí decimos "Dime de qué presumes y te diré de qué careces". Culturalmente, la Universidad debería ser una de las primeras en dar ejemplo.
    En realidad estos "inglésparlantes" ya tienen la conferencia preparada para cuando salgan del país....si es que los llaman...¡Ay, ay, ay!

    Outra aperta (hoy que tengo tiempo estoy disfrutando con todas las entradas que no había podido ver estos días)

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  5. Sim, sim, E repetem-na com títulos diferentes em vários locais, como se fossem conferências diferentes. Então parece que não é só por cá.
    Abraço retribuído. :)

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