segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Olisipo: mais uma loja que fecha

Largo Trindade Coelho, Lisboa

A Livraria Olisipo enviou um email com uma triste notícia:
«É com sentida tristeza e até revolta que, apesar de termos lutado até à exaustão para conservar a nossa livraria no local que ocupamos há 33 anos, vos comunicamos que teremos de a encerrar no final de dezembro, porquanto o contrato termina em fevereiro de 2020 . Tentámos salvaguardar a nossa livraria ao abrigo da modalidade « Loja com História». Na verdade, o nosso pedido foi deferido. Porém, devido à incompetência e à incúria da Câmara Municipal de Lisboa e dos seus funcionários, que não notificarem o senhorio, como a lei prevê, a nossa legítima pretensão ficou sem efeito. Deste modo, o senhorio e os seus advogados aproveitaram este inacreditável erro da Câmara para se opor.
«Sem mais argumentos para lutar e sendo, hoje em dia, o custo das rendas altíssimo no Chiado, informamos que reabriremos com um novo espaço na Avenida Infante Santo n.º 21 C.»
Se o que aqui é narrado é verdade, é lamentável que a CML não assuma a sua incúria.
Quantas mais lojas irão fechar? O que vamos fazer à Baixa e ao Chiado? E o que vêm os estrangeiros ver em Lisboa? O que veem no seu próprio país?

José Vicente, o fundador da Olispo

7 comentários:

  1. A pouco e pouco vão descaracterizando a "minha, nossa" cidade de Lisboa.
    Turismo, turismo, a quanto obrigas...

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  2. E a Casa Pereira também fecha a 31 de Dezembro. Triste

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  3. que aborrecido isso ser verdade e não haver em Lisboa um plano de protecção ao que é o carácter da cidade.

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  4. Pelo Porto, está a acontecer exactamente o mesmo!
    É de lamentar!

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  5. Uma cidade sem memórias é tão triste.

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  6. Lamentável os encerramentos da Olisipo e da Casa Pereira.
    Boas Festas para todos!

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  7. É uma tristeza o desaparecimento destas lojas antigas, como a Casa Pereira, e de outras não tão antigas mas com história como a Olisipo.
    Mesmo em Alvalade, está a acontecer o mesmo: lojas a encerrarem por causa das rendas exorbitantes que pedem. Nem percebo como certas lojas subsistem - acho que deve ali haver comércio escondido, para não dizer pior.
    Que o novo ano não nos traga tristezas.

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