Lisboa: Documenta, 2018
Há muito tempo que queria ler as memórias desta pintora que muito aprecio. Comecei agora pelo vol. 1 que se encontra traduzido em português. Esperemos que os vol. 2 e 3 também o venham a ser, senão terei de os ler em francês.
Por ser muito próxima de Maria Antonieta, de que pintou vários retratos, Élisabeth Vigée Le Brun fugiu de França após a prisão da família real, com a sua filha Julie. Entre 1789 e 1792, viveu em Itália, os anos tratados neste volume, que visitou de norte a sul. Em Roma, foi eleita para a Accademia di San Luca.
Élisabeth Vigée Le Brun - Julie Le Brun olhando-se ao espelho, 1787
Metropolitan Museum of Art
Este volume de memórias é escrito em forma de doze cartas à princesa Kurakin.
Maria Etelvina Santos, a tradutora e prefaciadora desta edição, afirma que «as páginas de Vigée Le Brun refletem um ponto de vista idêntico ao que encontramos nos textos de Rousseau, sobretudo nas Confessions ou Rêveries: o da sensibilidade que vive no olhar, o da subtileza e cadência da poesia, o da verdade de um ritmo musical ou dos múltiplos matizes da cor, o da convicção que se forma na audácia de quem se confessa sugestionável ou na intimidade visionária de quem cria. É sob esta luz que se desdobram os acontecimentos relatados pela autora. […] Memórias ou autobiografia, estamos perante um texto que se divide em dois grandes momentos (dos quais o primeiro se publica agora em tradução). Esta primeira parte, ou volume, consta das doze cartas à princesa Kurakin (relato da vida da autora, incluindo uma viagem à Flandres, as sessões de pintura com a rainha Maria Antonieta, os anos que antecederam a Revolução, até 1789, e a sua saída de Paris) e dos dez capítulos (correspondentes a cerca de dois anos e meio, entre 1789 e 1792) que relatam a fuga e o percurso através dos Alpes e a sua estada em Itália, até à partida para a Áustria, continuando o exílio que durou cerca de doze anos.»
Maria Etelvina Santos, a tradutora e prefaciadora desta edição, afirma que «as páginas de Vigée Le Brun refletem um ponto de vista idêntico ao que encontramos nos textos de Rousseau, sobretudo nas Confessions ou Rêveries: o da sensibilidade que vive no olhar, o da subtileza e cadência da poesia, o da verdade de um ritmo musical ou dos múltiplos matizes da cor, o da convicção que se forma na audácia de quem se confessa sugestionável ou na intimidade visionária de quem cria. É sob esta luz que se desdobram os acontecimentos relatados pela autora. […] Memórias ou autobiografia, estamos perante um texto que se divide em dois grandes momentos (dos quais o primeiro se publica agora em tradução). Esta primeira parte, ou volume, consta das doze cartas à princesa Kurakin (relato da vida da autora, incluindo uma viagem à Flandres, as sessões de pintura com a rainha Maria Antonieta, os anos que antecederam a Revolução, até 1789, e a sua saída de Paris) e dos dez capítulos (correspondentes a cerca de dois anos e meio, entre 1789 e 1792) que relatam a fuga e o percurso através dos Alpes e a sua estada em Itália, até à partida para a Áustria, continuando o exílio que durou cerca de doze anos.»
Aguardemos pelos volumes seguintes.
Élisabeth Vigée Le Brun - Retrato de Natalia Kourakina, 1797
Utah Museum of Fine Arts
Deve ser bem interessante, porque também gosto desta pintora. Bom dia!
ResponderEliminarGostei muito. Acho que a Margarida também gostará.
ResponderEliminarBom dia!
Uma belíssima retratista. Li Souvenirs, um volume muito grosso.
ResponderEliminarSe não traduzirem os outros dois volumes, tenho de os comprar em francês.
ResponderEliminarBoa noite!