Estou a começar a ler este número dedicado a Zola, coordenado por Éléonore Reverzy e Alain Pagès, especialistas neste romancista.
Como soube Zola da condenação do capitão Dreyfus? Ele estava a jantar em casa do seu amigo Alphonse Daudet, quando o filho deste, o jornalista Léon Daudet, amigo de Maurras, se referiu em termos antissemitas à condenação do capitão Dreyfuss.
Depois do jantar, Zola que havia deixado o jornalismo há muito, escreveu dois artigos, «Pour les juifs» e «Le Syndicat», para Le Figaro, nos quais desanca no antissemistismo existente em boa parte da sociedade francesa. Foi o início de um longo combate que ficou conhecido pelo processo Dreyfus, que pesou na ida de Zola para o Panteão, mas que o fez perder a Legião de Honra e o impediu de entrar na Academia Francesa.
Zola foi um dos escritores que mais li na minha juventude, numas edições da Guimarães.
Hoje no panteão todos o veneram ... mas é triste sofrer em vida, por se querer apenas o bem dos outros
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