Lisboa: Bizâncio, 2013
Sou uma grande leitora e fã de Semprún, desde que li A longa viagem e que num Natal longínquo recebi La deuxième mort de Ramón Mercander (Paris: Gallimard, 1969).
Não tinha lido A linguagem é a minha pátria que comprei há dias numa banca no metro do Marquês e que são conversas com o seu amigo Franck Appréderis que atravessam a vida do escritor e que deram origem a um programa de televisão.
De exilado a resistente e a deportado em Buckenwald, de clandestino comunista a escritor premiado e a ministro da Cultura da Espanha democrática, tudo perpassa nestas conversas.
«Com uma energia incrível, Jorge Semprún andava, desde os dezasseis anos, num vaivém. Entre Espanha e França, entre Madrid e Paris, entre o espanhol e o francês, entre o exílio e o regresso, entre a clandestinidade e as honras, entre o cinema e o romance, entre a poesia e o poder, entre a escrita e a vida. E quando não andava nesse vaivém, situava-se no prolongamento. A Resistência como extensão da guerra de Espanha, o comunismo como efeito dos combates da Resistência e dos horrores da deportação, a literatura como reconstituinte após o veneno do silêncio e as utopias mortais. No percurso de Jorge Semprún, tudo parece ao mesmo tempo caótico e lógico. A convivência com a morte conferiu-lhe uma formidável fome de viver. [...]
«O seu estilo reproduz admiravelmente as ocorrências da vida e os caprichos da memória, se é que não são antes os caprichos da vida e as ocorrências da memória.» (Do pref. de Bernard Pivot)
Tenho cá esse :-) comprei-o assim que saíu em 2013, porque tinha lido o 'Vinte anos e um dia' e tinha gostado muito.
ResponderEliminarPenso ter lido mais um da Biblioteca, mas não recordo qual.
Agora ao pegar nestes dois, fiquei com vontade de os reler... mas quando?
Sábado bom!
🌕
(hoje há uma Blue Moon)
Jorge Semprún ou Federico Sánchez. Acho que tb vou reler.
ResponderEliminarBoas releituras! 📗📖📕