sábado, 5 de dezembro de 2020

Pintores vistos por pintores - 39

Valentin Serov - Retrato de Konstantin Korovin, 1891

Um conselho de Mozart


«É sempre bom desconfiar um pouco, neste mundo.»
Mozart


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Boa noite!


 Do novo álbum de Shirley Collins, uma folk singer de que há muito tinha perdido o rasto.

Televisão

 

«Passámos do trágico para uma espécie de carnavalização de todas as experiências, todas as atitudes humanas. Hoje não há dúvida de que o espaço próprio da civilização a que pertencemos se chama televisão.» 
Eduardo Lourenço

E redes sociais.

Marcadores de livros - 1775

Diz quem comprou estes livros e me ofereceu os marcadores que eles são uma boa ajuda para reaprender latim. Eu fico à espera que Frederico Lourenço faça o mesmo para o grego.

Leituras no Metro - 1069

Lisboa: Vieira da Silva, 2019

Um livro sobre alguns «fenómenos do Entroncamento», mas sobretudo com pequenas histórias da cidade dos ferroviários. Interessante para pessoas que vivam ou tenham vivido nesta zona.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Parabéns, Godard!


Músicas de Martial Solal da banda sonora de À bout de souffle (O Acossado) de Godard, que faz hoje 90 anos.

Para a Maria que me alertou para este aniversário.


 

Marcadores de livros - 1774


Tenho muitos marcadores de livros de cozinha. Este mês, que pela aos cozinhados e à gulodice, vou mostrar alguns.

É difícil dizer tanto disparate em tão pouco tempo...

Vence, cidade francesa em que Eduardo Lourenço viveu.

Vejam e oiçam aqui o que o jornalista da SIC Reinaldo Serrano, que se costuma dedicar à Cultura (!), disse de Eduardo Lourenço. Só banalidades, trocadilhos tontos e o máximo está aos 2'25'': «Ele utilizava uma expressão lindíssima da literatura que já ninguém usa. Depois da crónica escrevia: "Vence, em [data]"»."

Estive ontem com uns amigos e não queria acreditar quando me contaram. Assim vai o nosso jornalismo e o (inexistente) jornalismo cultural.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

«Vai pensamento, nas tuas asas douradas»...

O «Coro dos Hebreus» foi a música que Carlos Aboim Inglez escolheu para ser tocada na sua cremação.  Da ópera Nabuco com libreto de Temistocle Solera, inspirado no Salmo 137. Adoro este coro! 

«Vai pensamento, nas tuas asas douradas;
vai, poisa nos outeiros e nas colinas, 
lá de onde se evolam, tépidas e húmidas, 
as doces brisas deste nosso chão natal.
Saúda as margens do Jordão
e as torres derrubadas de Sião.
Ó minha pátria tão bela e perdida!»...

A livraria Gibert Jeune vai fechar

Il. de Alexandra Huard

Segundo acabei de ler no Libération a livraria Gibert Jeune vai fechar. Há dois anos tinha encerrado um ou dois dos seus espaços no Quartier Latin. Pelos vistos, agora vai encerrar os outros. É mesmo triste. Veja aqui o início do artigo.

Instantâneos...

 

"Navigli", os famosos canais de Milão, hoje.

Leituras na pandemia - 40

Lisboa: Assembleia da República, 2020

A minha leitura nos quatro dias de confinamento foi esta biografia de Carlos Aboim Inglez da autoria de João Madeira, historiador que conhece bem o papel que os partidos comunistas atribuíam aos intelectuais. 
Carlos Aboim Inglez entrou muito jovem para o PCP, foi várias vezes preso, funcionário clandestino do partido no interior e no exterior, bem como seu dirigente. Depois do 25 de Abril, regressa da URSS, foi deputado à Constituinte e à Assembleia da República. Foi elemento de ligação entre o partido e a sua organização juvenil, foi responsável pelo setores intelectual (que montou) e internacional do partido. Deixou colaboração em vários jornais como O Diário e Avante!

A vida segundo Montaigne

 

Il. de Floc’H

«Não há nenhuma existência constante, nem do nosso ser, nem do ser dos objetos. Nós, os nossos juízos e todas as coisas mortais vamos incessantemente fluindo e rolando. Não podemos aceder ao ser, porque toda a natureza humana está sempre no meio, entre o nascimento e a morte, e apenas dá de si mesma uma obscura aparência ou sombra, e uma ideia frouxa e incerta. E se por acaso fixarmos o nosso espírito no conhecimento do seu ser, será tal e qual como querer agarrar água.»
Montaigne - Ensaios

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O mausoléu dos Medici

 

A chamada “Cappella dei Principi”, no museu das Capelas dos Medici em Florença, voltou ao seu esplendor em toda a sua magnificência, graças a um restauro de quase vinte anos, há pouco terminado. Os Medici ambicionaram a sua construção como capela fúnebre sumptuosa, mas nenhum membro desta família alguma vez a viu concluída. Concebida por Cosimo I em meados do século XVI, foi iniciada no século seguinte por Ferdinando I que ordenou a utilização dos mais preciosos mármores. A última dos Medici, Anna Maria Luisa, mandou construir a cúpula cujos trabalhos de decoração se estenderam até 1827, quando o grão-ducado já tinha passado para as mãos da casa de Lorena.

Duas músicas para Eduardo Lourenço

 



«O que eu sou como ser mortal (o que todos somos), está contido na melancolia absoluta do allegretto da Sétima Sinfonia. Mas o que desejaria ser, o que não tenho coragem de ser, só se revela nesta Suite em Si Menor, de Bach. Diante desta torrente luminosa devia depor a minha velha pele, esta pele de que só a música me despe num instante, deixando-me nu e redimido, mas que no instante seguinte afogo em trevas. Delas só um Deus me poderia libertar. Digo Deus sabendo bem que esse absoluto que me atrevo a invocar é ainda o supremo álibi. É de mim, das ardentes seduções do meu profundo ser, que não quero ou de que não sou capaz de abdicar. Queria ir por um caminho de rosas para aquele sítio onde sei que me foi fixado encontro. E ninguém lá chega nunca sem antes morrer para si mesmo.» 
Eduardo Lourenço num livro a ler:

Lisboa: Gradiva. 2017

A vinheta que não queria


 A fragilidade era conhecida, mas ainda assim a surpresa.  Morre num dia restaurado, e não fica nada mal a data .

O legado é imenso . 

Calendários do Advento

Podem escolher aqui o vosso calendário do advento. O meu mostro-o um dia destes.


Boa quadra! Saúde!

Marcadores de livros - 1772


Loures: Alma dos Livros, 2020

Já cem vezes perdi a minha alma,
mas a Tua voz fá-la regressar.
Os votos que fizemos naquela hora gloriosa
Tu os cumpriste; e eu cem vezes os quebrei
enganado pelo meu desejo de chegar a Ti.
Oh, como é grande o desejo de Te ver de novo
e entregar o meu coração como isco para o Teu amor.
Tu és a chama que arde no coração dos homens,
rodopiando, como a Lua, ao redor da cúpula azul do meu coração.

Rumi
Trad. de Maryam Mafi, Azima Melita Kolin

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Tarde mas para todo o ano...

 Para MLV,

Desejo um ano inteiro ( a partir de 25 de novembro) de um aniversário feliz!

Ludwig Knaus (1829-1910), Festa de Aniversário, c. 1868


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ludwig_Knaus_-_Die_Geburtstagsfeier_(ca.1868).jpg

Marcadores de livros - 1771

El Greco - Santo André do quadro «Santo André e São Francisco», ca 1595
Madrid, Museu do Prado
 

Marcadores de livros - 1770

Um marcador-postal, com um agradecimento à Justa.

Marcadores de livros - 1769

Verso e reverso.

Obrigada, Paula e Rui!

domingo, 29 de novembro de 2020