Sim, nos anos comuns temos 364 dias em que festejamos o nosso desaniversário e apenas um para o nosso aniversário. Quando os amigos não nos oferecem uma prenda no dia do aniversário é sempre possível faze-lo nos outros dias do desaniversário... e eu tenho andado preguiçoso, mesmo muito preguiçoso. Efeitos da época coVid!
Cada vez que se abre um livro é possível encontrar surpresas que não se adivinhavam e que vão muito além daquelas que se intuíam encontrar.
Arrumando livros - tarefa bastante demorada porque aproveito para os rever ou reler - para além de tentar fazer um índice dos mesmos (não, não é uma catalogação é apenas um inventário, e indicações da nova arrumação, porque a idade não perdoa) vou lembrando o que a memória vai esquecendo, e até porque a memória está ficando em farrapos.
Tenho estado, nestes dias, a deliciar-me com a Historia de la vida del muy religioso Varon Fray Luys de Montoya, impresso «en casa de Antonio Aluarez», sem mais indicações, mas certamente em Lisboa, onde António Álvares trabalhou, durante o século XVI, a partir de 1586. A licença que autoriza a impressão está datada de 9 de Dezembro de 1588. Portanto, embora o livro possa ainda ter voltado à "verificação" por causa de uns acrescentos de milagres, deve ter ficado impresso em 1589. Assim o classifiquei.
Na parte final, existem três páginas ocupadas com ilustrações afim de completar as três últimas páginas que se encontravam em branco, preenchendo, deste modo, todas as páginas do caderno «O». E é nestas páginas de ilustrações avulso, aproveitadas de outras obras... de outras oficinas passadas que detetámos uma joia que não esperávamos.
Aqui está a folha correspondente a [111 verso].
Para JAD:
ResponderEliminarOs meus agradecimentos e, lembrando a conversa havida sobre o assunto, fico à espera de novas sobre as tarjas.
Será que se vai encontrar o «orante» e a «cidade» (parte restante da gravura original) também em separado?
ResponderEliminarDesafio a superar...
Para JAD,
ResponderEliminarPara já ainda é cedo para conclusões, para além das duas hipóteses que lhe adiantei na nossa conversa. Embora situando as minhas observações actualmente na 2ª metade do século XVI, e é a altura em que estas vinhetas surgem, tenho ainda vários impressores para obsrvar, como é o caso do António Alvares.