Um marcador.
Noémia Louçã, viúva do comandante da fragata Gago Coutinho que no dia 25 de Abril esteve estacionada no Tejo frente ao Terreiro do Paço, quis repor a verdade sobre o que se dizia: que tinham sido os oficiais que tinham impedido o comandante de disparar. Ainda me lembro de isto ser a versão «oficial».
Na verdade, Seixas Louçã nunca escondeu as suas convicções e era conhecido na Marinha como «antifascista», como então eram designadas as pessoas que não concordavam ou se opunham à ditadura.
Este livro é um bocadinho chato, mas repõe a verdade histórica: Seixas Louçã desconhecia a revolução e durante muito tempo não sabia de que lado se posicionavam as forças estacionadas no Terreiro do Paço.
Não se compreende que, se todos conheciam as convicções do comandante, não lhe tivessem falado antes ou contactado nesse dia, informando-o do que se estava a passar...
Militares no Terreiro do Paço, no 25 de abril, com a Fragata Gago Coutinho ao fundo
Foto Alfredo Cunha.
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