«Tem-se desenvolvido um certo tipo de moralismo, segundo o qual a linguagem e que conta - deixamos de poder dizer determinadas palavras e de exprimir determinadas opiniões. É uma espécie de jogo de faz-de-conta. Todas as pessoas se sentem confortáveis, bem consigo mesmas, porque têm boas intenções - ao mesmo tempo, temos toda uma geração de imigrantes sem acesso á educação, ao trabalho, a regalias, verificando-se um descontentamento crescente da população cuja voz não é ouvida, que tem opiniões que são consideradas nocivas e silenciadas. Por isso o partido anti-imigração não para de crescer.»
Entrevista de Karl Ove Knausgård a James Wood para a Paris Review, 2014.
In: Entrevistas da Paris Review. Lisboa: Tinta da China, 2017, vol. 3, p. 333.
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