quinta-feira, 1 de julho de 2021

O «Tesouro dos remédios da alma» - 50


«Entre os dez e os quinze anos, frequentei uma escola em Nova Iorque que tinha uma biblioteca só para os alunos dos anos menos avançados. Era como gosto que as bibliotecas sejam - escura, com estantes de livre acesso, paredes forradas de livros e nichos junto às janelas, onde nos podíamos enroscar sobre uma almofada. As estantes estavam  cheias de livros que as crianças queriam ler. Durante três anos, foi o paraíso para mim. Mas um dia, no início do oitavo ano, apareci lá, preparada para me sentar a ler, e disseram-me: não, os alunos do oitavo ano não podem frequentar esta biblioteca, tem de ir à biblioteca dos anos mais adiantados. Então fui expulsa desse Jardim do Éden.» 
Entrevista de Lydia Daves a Andrea Aguilar e Johanne Fronth-Nygren para a Paris Review, 2015. 
In Entrevistas da Paris Review. Lisboa: Tinta da China, 2017, vol. 3, p. 358.

7 comentários:

  1. Gosto imenso da Lydia Davis (ex do Paul Auster) e essa é uma excelente entrevista.

    🌼Bom dia!

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  2. Não me lembro de ter lido alguma coisa de Lydia Daves, para além desta entrevista.
    Bom dia!

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  3. Tenho cá o Não Posso nem Quero, da Relógio D'Água (sem marcador 😪) que comprei em 2015, penso que na sequência de ler essa entrevista e outras no Público.
    Histórias curtas, minimalistas, gostei muito.
    Bom dia!

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  4. Não li esse livro do MEC. Gosto das crónicas dele.
    Boa tarde!

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    Respostas
    1. O livro não é do MEC, é da Lydia Davis 😉

      Bom final de dia!
      🌅

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  5. Que boa ideia haver assim uma biblioteca apetecível para os mais novos. Nunca gostei muito de ler nas bibliotecas porque temos de estar sentados e silenciosos, sempre como quem estuda.

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  6. Ah!... Vou anotar. Obrigada, Maria.
    Bom dia para as duas.

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